Neste sábado, 25 de maio, celebra-se mais um dia Internacional das Crianças Desaparecidas. O deputado Aldacir Oliboni (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas Desaparecidas, ressalta a importância da data sob o aspecto da prevenção e alerta à sociedade.
“Há casos emblemáticos como o da pequena Madeleine, o garoto gaúcho Gabriel desaparecido em Gravataí há 13 anos ou o da menina Daiane Silva que desapareceu em 2004 quando tinha 6 anos e foi encontrada em 2011, após longa investigação. Mas além destes, qualquer caso merece toda atenção pois quando uma criança desaparece ela pode estar tendo seus direitos básicos violados e isso é inadmissível. É dever nosso, como Estado e como sociedade, zelar por nossas crianças e é direito delas ”, comenta Oliboni.
ESTATÍSTICA – Conforme levantamento da Frente Parlamentar junto à Polícia Civil gaúcha, apenas nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 214 desaparecimentos de meninos e meninas até 12 anos no Rio Grande do Sul. No mesmo período, foram registradas 135 localizações de desaparecidos desta faixa etária. No entanto, o Estado ainda tem um número de registros acumulados de anos anteriores que levam a soma de centenas de crianças com o paredeiro desconhecido.
A Frente Parlamentar irá realizar ações conjuntas com o Departamento da Criança e Adolescente (DECA) e outras instituições no próximo período. O deputado Oliboni ressalta alguns procedimentos básicos para prevenção de desaparecimentos e localização das crianças. “A primeira coisa a se fazer é procurar uma delegacia, lembrando que não é preciso aguardar 24h. Conforme Lei Nacional, a busca deve ser imediata, após o registro da ocorrência. Também é importante comunicar o Disque 100, serviço ancorado na Secretaria Nacional de Direitos Humanos que presta orientações e ajuda a articular as buscas em nível nacional e internacional – a ligação é gratuita”, reforça Oliboni, destacando que o conselho Tutelar do município também pode ser acionado.
A DATA – Em 25 de Maio de 1979 quando o menino Ethan Patz, com apenas 6 anos, desapareceu, na cidade de Nova Iorque. Ele saía pela primeira vez desacompanhado para tomar o ônibus escolar. Nunca mais foi visto. Foi o caso mais popular do gênero nos EUA e um dos casos que mais repercutiu na mídia internacional. Em 2001 Ethan Patz foi dado oficialmente como morto pelas autoridades norte-americanas.
Fonte: AL/RS