TRF4

TRF4, 00021 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2007.04.00.023856-4/RS, Relator Des. Federal Otávio Roberto Pamplona , Julgado em 12/12/2007

—————————————————————-

00021 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2007.04.00.023856-4/RS

RELATOR : Des. Federal OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA

AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes

AGRAVADO : CIMPEL IND/ DE TINTAS E SOLVENTES LTDA/

ADVOGADO : Gustavo Nygaard e outro

EMENTA

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO DECLARATÓRIA DO DIREITO DE

CRÉDITO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA PARA FINS DE COMPENSAÇÃO. VERBA HONORÁRIA FIXADA SOBRE O

“VALOR DA CONDENAÇÃO”.

1. Em questões relacionadas com honorários advocatícios, o julgador deve estar atento às seguintes premissas: a) o advogado é

indispensável à administração da justiça (art. 133 da Constituição) e não é justo nem correto que o mesmo não receba remuneração

pelo trabalho realizado; b) ainda que a eução tenha sido promovida pela parte autora, os honorários advocatícios pertencem ao

advogado (art. 23 da Lei nº 8.906/94), e c) os honorários advocatícios devem ser fios com base no proveito econômico auferido

pela parte com o julgamento final do processo.

2. Se a decisão declaratória do direito de crédito contra a Fazenda Pública para fins de compensação fi os honorários advocatícios

em 10% sobre o “valor da condenação”, esta expressão deve ser entendida como o quantum compensável, que representa o proveito

econômica da demanda.

3. Não é juridicamente possível nulificar a condenação da Fazenda Pública ao pagamento de honorários advocatícios, com base no

dogma de que as sentenças declaratórias jamais têm eficácia eutiva, mesmo porque esse dogma vem sendo afastado pela

jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (REsp 588202/PR, 1ª Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 25.02.2004, p.

123).

ACÓRDÃO

___________________

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 04 de dezembro de 2007.

Como citar e referenciar este artigo:
JURISPRUDÊNCIAS,. TRF4, 00021 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2007.04.00.023856-4/RS, Relator Des. Federal Otávio Roberto Pamplona , Julgado em 12/12/2007. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2010. Disponível em: https://investidura.com.br/jurisprudencias/trf4/trf4-00021-agravo-de-instrumento-no-2007-04-00-023856-4-rs-relator-des-federal-otavio-roberto-pamplona-julgado-em-12-12-2007/ Acesso em: 04 jul. 2025
Sair da versão mobile