“Temos que evitar a ilusão do ?não dá nada?. Uma ação impensada pode ter consequências terríveis para a vida de vocês?. Essa foi a ideia desenvolvida pelo defensor público Miguel Seadi Júnior em sua palestra para os estagiários do Programa Educação pelo Trabalho (PET) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
O PET é um programa de responsabilidade social que funciona no tribunal desde 2004. Trata-se de uma parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) com objetivo de proporcionar trabalho para adolescentes em situação de vulnerabilidade social e em cumprimento de medida socioeducativa, preparando-os para o exercício da atividade laboral.
Os defensores públicos Cláudia Barros, corregedora, e Miguel Seadi Júnior, coordenador regional, vieram explicar aos jovens a importância de escolher o caminho do bem e da lei para construir a própria vida.
O encontro foi promovido pelo Setor de Ações Socioambientais (Setasa) do tribunal hoje (28/6), no auditório do tribunal. O objetivo da Defensoria Pública do RS é conscientizar os jovens, fazendo um trabalho de prevenção contra a criminalidade.
Segundo Cláudia, faz parte do trabalho da Defensoria divulgar direitos e deveres dos cidadãos e trabalhar com prevenção. ?Nos deixa muito felizes essa parceria com o TRF4. O que os jovens precisam de fato são oportunidades, e isso eles estão tendo aqui?, ressaltou.
Para Seadi o importante é esclarecer. ?A gente percebe que eles não têm ideia da realidade. Depois que se entra no mundo do crime, fica muito difícil afastar-se?, afirmou. O defensor exibiu imagens do Presídio Central de Porto Alegre e falou da degradação a que ficam expostos os presos, chamando a atenção para as consequências da vida criminosa.
O estagiário da presidência Alif Marques, gostou de ouvir os defensores. ?A palestra me motivou muito e me fez pensar bastante sobre a minha realidade e a direção que eu quero tomar na minha vida.? Já Angelo Miguel Amaral Marinho, estagiário de informática do tribunal, disse que o encontro mostrou muitas coisas importantes que ele não sabia sobre seus direitos.
Fonte: TRF4