No início da sessão de hoje do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da corte, Gilmar Mendes, externou, em nome de todos os ministros, os sentimentos de pesar pelas mortes do ministro Carlos Alberto Menezes Direito e do advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela, brutalmente assassinado em seu apartamento na semana passada. Embora a homenagem regimental tenha sido adiada para quando tiver diminuído a dor pela perda dos colegas, o procurador-geral da República, Roberto Monteiro Gurgel, falou da sua admiração e respeito por ambos e do reconhecimento do Ministério Público pelos serviços que eles prestaram à Justiça brasileira.
“O ministro Menezes Direito deixa ao Ministério Público a lembrança de juiz que, a partir do estudo extremamente minucioso dos autos e do domínio completo da doutrina e jurisprudência, sempre proferia julgamento que examinava a questão em todos os seus múltiplos aspectos, sem deixar de enfrentar um único deles. Suas decisões eram notável exemplo de precisão porque resultantes do conhecimento profundo do caso”, afirmou.
Gurgel destacou que tanto no STF quanto no Superior Tribunal de Justiça, “o Ministério Público brasileiro teve em Menezes Direito um defensor aguerrido de algumas de suas teses mais importantes. Perdemos um grande aliado que sempre apoiou o Ministério Público, especialmente em sua luta pela efetividade da tutela penal”.
Sobre José Guilherme Vilella, o procurador-geral disse que ele honrou o tribunal “com o brilho da sua magnífica cultura jurídica, como um dos mais atuantes advogados perante essa corte suprema”. Lembrou que Vilella foi um dos jovens advogados que se destacaram nos primórdios da nova capital e que “desde então marcou a sua conduta profissional pela proficiência com que incursionava nas mais diversas áreas do direito, e pela combatividade com que pautava a atuação nas causas que patrocinava”.
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria Geral da República
(61) 3105-6404/6408
Fonte: MPF