A força-tarefa que investiga suspeitas de manipulações em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) executou nessa segunda-feira, 26 de outubro, uma nova fase da Operação Zelotes. Desta vez, foram cumpridos 33 mandados, sendo seis de prisão preventiva, nove de conduções coercitivas e 18 de buscas e apreensões. A operação aconteceu de forma simultânea no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Maranhão e Piauí e foi autorizada pela juíza federal Célia Regina Ody Bernardes.
Confira a relação de medidas executadas nesta fase da operação:
Prisões Preventivas
- Alexandre Paes dos Santos
- José Ricardo da Silva
- Eduardo Gonçalves Valadão
- Mauro Marcondes Machado
- Cristina Mautoni Marcondes Machado
- Halysson Carvalho Silva
Conduções Coercitivas
- Paulo Arantes Ferraz
- Eduardo de Souza Ramos
- Carlos Alberto de Oliveira Andrade
- Lytha Battiston Spíndola
- Vladimir Spíndola Silva
- Marcos Augusto Henares Vilarinho
- Raimundo Nonato Lima de Oliveira
- Indianara de Castro Biserra
- José Jesus Alexandre da Silva
Buscas e apreensões
- LFT Marketing Esportivo
- Touchdown Promoção de Eventos Esportivos LTDA
- Silva e Cassaro Corretora de Seguros LTDA
- Residência de Marcondes Machado e Cristina Mautoni Marcondes Machado
- Residência de Eduardo Gonçalves Valadão
- Residência de Fernando Cesar de Moreira Mesquita
- Residência de Francisco Mirto Florêncio da Silva
- Sede da CVEM Consultoria
- Residência de Lytha Battiston Spíndola
- Residência de Vladimir Spíndola Silva
- Sede da Green Century Consultoria Empresarial e Participações Ltda
- Escritório Spíndola Palmeira Advogados
- Residência de Halysson Carvalho Silva
- Residência de Marcos Augusto Hernares Vilarinho
- Escritório de Marcos Vilarinho Advogados e dese da ST.Martin’s Negócios e Participações LTDA
- Residência de Paulo Arantes Ferraz
- Sede da MMC Automotores do Brasil LTDA e da CERFCO Participações LTDA
- Sede da Wagner & Nakagawa Intermediações de Negócios Financeiros LTDA
Entada o caso – Formada por representantes do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal, da Receita Federal e da Corregedoria do Ministério da Fazenda, a força-tarefa apura suspeitas de que os envolvidos atuaram não apenas não só na manipulação de julgamento no âmbito do tribunal administrativo, como fizeram negociações fraudulentas com o objetivo de conseguir incentivos fiscais para empresas que participavam do esquema. A partir de práticas como corrupção de agentes públicos, o grupo teria conseguido a aprovação de leis que acabaram beneficiando contribuintes e empresas específicos.
A operação desta segunda-feira marca a quarta fase da Zelotes. Deflagrada em março deste ano, a operação investiga a prática dos seguintes crimes: tráfico de influência, corrupção, da modalidade ativa e passiva, associação e organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os alvos dos investigadores são contribuintes, consultores – que seriam os intermediários do esquema – e conselheiros do Carf.
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Fonte: MPF