Dentre as quase 700 pessoas atendidas no Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cesol) da 2ª Região, órgão que executa os mutirões da Justiça Federal no Rio, uma chamou a atenção de juízes, servidores e cidadãos que participavam do mutirão: a sambista carioca Dona Ivone Lara, de 94 anos. Enfermeira aposentada, a primeira dama do samba era parte em um processo pautado no mutirão e recebeu atendimento prioritário, além de cumprimentos e pedidos para posar para fotos.
A Resolução 125/2010, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu a Política Nacional de Conciliação, prevê a criação de centros de conciliação para oferecer meios consensuais para a solução de conflitos, além de disseminar a cultura de pacificação social.
O coordenador do Comitê Gestor do Movimento Permanente pela Conciliação do CNJ, conselheiro José Roberto Neves Amorim, defende que a conciliação torne-se, de fato, uma prática do Judiciário, sempre que possível. “A maioria dos tribunais tem boa vontade e já está desenvolvendo seus núcleos”, afirmou Neves Amorim. “No Rio de Janeiro, as salas de mediação e os profissionais envolvidos nessa ação são exemplos disso”, completou.
O mutirão da AGU cuidou de processos movidos por servidores públicos inativos ou pensionistas da União, com o objetivo de receber diferenças nas gratificações. Esse foi o segundo mutirão de conciliação ocorrido no ano e contou com a participação de sete juízes federais, além de 10 voluntários de diversas varas e juizados especiais federais.
Semana Nacional de Conciliação – Para fortalecer a cultura do diálogo no Judiciário, em 2006 foi criada a Semana Nacional pela Conciliação – um marco das ações do CNJ e dos tribunais para reduzir o grande estoque de processos na justiça brasileira, assim como dar maior celeridade aos processos. A Semana Nacional de Conciliação ocorre anualmente em todos os estados, quando os tribunais estaduais, trabalhistas e a Justiça Federal selecionam os processos que tenham possibilidade de acordo e intimam as partes envolvidas para solucionarem o conflito.
Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias, com informações da JFRJ
Fonte: CNJ