A decisão de adotar veio depois de Valquíria descobrir que não poderia ter filhos. O casal ainda tentou o procedimento da inseminação, mas sem sucesso. “Foi então que começamos de fato a cogitar a adoção. Levou uns dois anos até a gente fazer a coisa toda. Quando decidimos, tínhamos certeza”, diz. Maria Antonia e Carlos foram adotados ainda bebês. A menina foi a primeira a integrar a família. “Sabia que, no momento em que eu visse a criança, ela seria uma filha para mim. E foi exatamente assim. Quando peguei a Maria Antonia e a vi pequenininha… Nunca senti diferença”, relata.
Antonio Carlos conta que nunca escondeu dos filhos a verdade. “Algumas pessoas perguntavam (se eram adotados), mas uma coisa que sempre procuramos, até de acordo com a orientação de psicólogos, foi sermos naturais”, lembra. “Nos primeiros anos, compramos livros com historinhas sobre a adoção. E a medida que a curiosidade deles vinha, procurávamos respondê-las. Uma vez a Maria Antonia nos perguntou se ela tinha saído da barriguinha da mãe. Respondemos que não, que ela tinha saído do coração e que nós somos seus pais”, completa.
Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias
Fonte: CNJ