“Só quem ama deveria ser autorizado a ter o poder de punir”, declarou o ministro. Peluso ressaltou que o CNJ é um órgão de propulsão e aperfeiçoamento da magistratura brasileira e lembrou ter contribuído para a subsistência do Conselho, quando relatou a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3367 no STF. Na ação, que questionava a criação do CNJ como órgão independente para fiscalizar e propor políticas públicas para o Judiciário, o ministro votou pela sua constitucionalidade e foi seguido pela maioria dos ministros. “Sinto-me um pouco responsável pela manutenção deste Conselho”, afirmou.
Homenagem – Durante a homenagem prestada pelo plenário do CNJ ao presidente, o conselheiro Neves Amorim disse que a atitude moral e ética de Peluso serve de exemplo a todos os magistrados. “As ações iniciadas germinarão com tempo, assim como o respeito que Vossa Excelência fez prevalecer”, afirmou, se dirigindo ao presidente. O ministro Carlos Alberto, também conselheiro do CNJ, ressaltou que Peluso é um magistrado digno e “probo que deixou pegadas definitivas” tanto no Conselho quanto no STF.
O ministro Cezar Peluso, que está na presidência do CNJ e do STF desde 23 de abril de 2010, será sucedido pelo ministro do STF Ayres Britto, cuja posse acontece no próximo dia 19. “Estou presidente, mas sou juiz, prestes a completar 45 ininterruptos anos de magistratura”, fez questão de destacar Peluso. Ayres Britto foi eleito no último mês pelo plenário da Suprema Corte para presidir o STF e o CNJ no biênio 2012-2014. A próxima sessão plenária do Conselho está prevista para ocorrer dia 8 de maio.
Mariana Braga
Agência CNJ de Notícia
Fonte: CNJ