“Nosso desafio é fazer do breve o intenso”, afirmou aos servidores do CNJ. E prometeu uma “condução tranquila e produtiva em benefício da coletividade”. Ayres Britto citou Péricles, o filósofo grego e administrador público do Séc. V antes de Cristo, para colocar em primeiro lugar o interesse público: “Aquele que se vangloria de não se interessar senão pelos seus próprios negócios, de sua vida particular e familiar não é alguém que se interessa pelos seus próprios negócios e pela sua vida familiar. É um inútil”.
“É preciso que parte de nosso tempo esteja voltada para a coletividade”, afirmou. A relação política entre Estado e cidadão, ressaltou ele, é planificada na figura do servidor público, que é um “servidor do público”. Ayres Britto prometeu uma administração compartilhada, com a participação dos conselheiros, juízes auxiliares e servidores, numa “relação aberta, transparente”, pautada pelo respeito. “A pose, a soberba só prejudica”, disse.
CNJ – O novo presidente do CNJ lembrou que “o CNJ é órgão político, nos termos da Constituição, e administrativo, nos termos da lei”. E completou: “O CNJ é por definição constitucional ferramenta necessária, mecanismo imprescindível para o funcionamento do Poder Judiciário devendo atuar na perspectiva do cumprimento da Constituição Brasileira”.
O ministro destacou que a Constituição brasileira é tão avançada que nenhuma outra se equipara a ela. “Tenho dito que gosto das coisas simples. E pra mim o mais simples, o mais óbvio e mais natural é concitar todos os protagonistas da cena judiciária, no campo jurisdicional e administrativo, para uma militância constitucional obsessiva”, disse.
A Constituição, explicou ele, “é o nosso farol”. Mesmo que o Brasil ainda tenha deficiências em outras áreas, como a ambiental e econômica, a Constituição brasileira é de Primeiro Mundo: “Não há dúvida que o Brasil é juridicamente primeiro mundista, porque nenhuma constituição se equipara à nossa em qualidade, na absorção, consagração, positivação de valores que dão grandeza, propósito , sentido refinado à nossa vida coletiva.”
Gilson Luiz Euzébio
Agência CNJ de Notícias
Fonte: CNJ