Morena Pinheiro – enviada especialSão Paulo (SP) – O Supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da Vara de Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Walter Gomes, que também é psicólogo, proferiu a palestra sobre a adoção de crianças por casais do mesmo sexo no V Encontro Nacional de Juízes da Infância e da Juventude que acontece em São Paulo. O evento promovido pela ENM, em parceria com a Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e com a Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), tem trazido desde a última quarta-feira (16), debates diferentes relacionados aos processos de adoção.Walter Gomes lembrou que há hoje, uma dificuldade em garantir os avanços em temas ligados à homossexualidade e que os critérios para os candidatos a adoção não devem ser diferente. “Nós temos que avaliar o conjunto dos aspectos que os definem e não apenas um”, ressaltou. Para o Psicólogo, a orientação sexual não garante sucesso na criação de filhos. “Os problemas não estão ligados a variável da sexualidade dos pais, mas na qualidade da relação dentro da família, como pai e mãe estão desempenhando as suas funções. Ser mãe e ser pai é fruto de uma construção no dia a dia. A adoção tem que fazer parte de todo o exercício paterno e materno, seja ele biológico ou não”.O Juiz da Vara da Infância e da Juventude e do Idoso da Comarca de Santos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Evandro Renato Pereira coordenou a mesa e o debate durante a manhã. O Magistrado elogiou a palestra. “Eu já intuía que a palestra do Walter seria brilhante. A crítica feita aqui nos traz a reflexão a respeito de como vai ser construída a paternidade pelo casal homoafetivo. O mais importante é que exista um pacto para garantir a afetividade da criança”, afirmou.O Encontro é coordenado pela Juíza do Espírito Santo, Marlúcia Moulin e está sendo realizado no auditório da Escola Paulista da Magistratura (EPM).
Fonte: AMB