Miriam participa de entrega da plataforma P-58

Ao lado da presidenta Dilma e do governador Tarso Genro, a deputada Miriam Marroni (PT) participou na manha desta sexta-feira do ato de entrega da plataforma P-58. Montada no estaleiro que a empresa Quip mantém na Avenida Honório Bicalho, a plataforma deverá atuar ainda este ano no Campo de Baleia Azul, a cerca de 80 km da costa do Espírito Santo, em uma profundidade de aproximadamente 1,4 mil metros. O deputado federal Fernando Marroni (PT), a presidenta da Petrobras Graça Foster e outras lideranças políticas e da indústria naval também estiveram no palanque montado frente a centenas de trabalhadores.

A plataforma é do tipo FPSO (traduzida do inglês para o português significa Unidade flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência) e terá capacidade de produção de 180 mil barris de óleo ao dia e de compressão de 6 milhões de metros cúbicos de gás diários. No total, o investimento na construção da P-58 está orçado em US$ 1,34 bilhões. A estimativa da Petrobras é de que a operação tenha gerado 18 mil empregos, sendo 4,5 mil diretos e outros 13,5 mil indiretos.

Sobre os rumores de demissões devido ao término das construções, a presidenta Dilma deu garantia de novas encomendas.

“Eu garanto que não há nenhuma possibilidade de faltar contratos para a produção de plataformas e navios. Nosso desafio é produzir com prazos e com qualidade”, disse a presidenta, que complementou logo em seguida: “Só no Campo de Libra serão necessárias entre 12 e 16 plataformas”.

Para Miriam, que atuou ao lado da então ministra de Minas e Energia Dilma Rousseff na articulação para a vinda do Polo Naval para Rio Grande, esta é uma afirmação de que os empreendimentos não eram uma “bolha”, como muitos diziam no início das atividades.

“A fala da presidenta indica o aperfeiçoamento desse modelo que planeja ações integradas, evitando lacunas entre as encomendas e evitando desempregos momentâneos”, avalia a deputada.
 

Miriam e presidenta da Petrobras falam sobre qualificação para o Polo Naval

A vinda de Dilma e da presidenta da Petrobras também serviu para aquecer outro debate: a qualificação dos trabalhadores. Pouco antes da solenidade oficial, Miriam tratou com Graça Foster sobre um estudo que a deputada está realizando junto com o sindicato que representa os trabalhadores do setor em Rio Grande. O objetivo do trabalho é obter uma avaliação profunda sobre os mecanismos de seleção e execução dos programas de qualificação para o mercado da indústria naval.

“Vamos descobrir onde estão e quais são os problemas de formação que fazem com que os gaúchos não consigam trabalhar no Polo e que trabalhadores de fora tenham de ser recrutados. É algo que não é bom sequer para os trabalhadores de outros Estados, que acabam convivendo com problemas por estarem longe de suas famílias”, explica Miriam.

A definição do estudo surgiu há cerca de 15 dias. Após finalizado, o relatório será encaminhado para a direção da Petrobras.