O encontro foi proposto pela deputada estadual Miriam Marroni (PT). Além do comandante do 4º BPM, tenente coronel Antônio Adalberto Borges, a delegada Lisiane Mattarredona, titular da delegacia da Mulher, o capitão Anderson Wenitt, chefe da seção de Operações e Treinamento do Batalhão, e o vereador Tenente Bruno (PT) também estiveram tratando do tema. Segundo Miriam, as tratativas para implantação da patrulha em Pelotas já foram iniciadas com o comandante geral da BM, coronel Fábio Duarte Fernandes.
“É uma iniciativa que começou com uma guarnição de quatro pessoas e já foi expandida na Capital devido à eficácia que está tendo no combate e na prevenção à violência doméstica. Como a patrulha dá certo, quero trazer também para Pelotas”, explica Miriam.
Segundo o tenente coronel Adalberto, a implantação da patrulha deverá ser analisada a partir das próximas semanas, quando devem chegar à região as novas viaturas adquiridas pelo Governo do Estado.
“Com este incremento na frota, faremos uma reorganização do trabalho dos PMs na cidade, e o processo de organização da patrulha poderá ser iniciado. Efetivo temos suficiente, basta capacitar os policiais para fazerem as abordagens corretas”, afirma o comandante.
Dados da Polícia Civil mostram que a Delegacia da Mulher de Pelotas recebe mensalmente cerca de 400 registros de violência doméstica. Por dia, são, em média, 10 pedidos de medida protetiva.
“Isto mostra que Pelotas tem demanda para receber a patrulha. O trabalho de prevenção é importante. Dia desses uma mulher vítima de agressão, que já havia sido beneficiada pela medida protetiva, foi ameaçada de morte e nos procurou para solicitar a prisão do ex-companheiro. O judiciário autorizou e quando nós chegamos ao trabalho da vítima encontramos o homem armado e a cerca de 20 metros da vítima. Foi uma vida que podemos ter salvado”, conta a delegada.
Como funciona a Patrulha Maria da Penha em Porto Alegre
A Patrulha faz rondas nos quatro Territórios de Paz de Porto Alegre para monitorar os casos de violência doméstica e o cumprimento das medidas judiciais. Os policiais possuem uma viatura com identificação própria e contam com o reforço de uma série de equipamentos, como tablets com acesso à internet, pistolas, coletes a prova de balas e armas taser.
Em 30 dias de atividades, a Patrulha Maria da Penha possibilitou que as mulheres que sofrem violência doméstica sintam-se mais amparadas pelo Estado. O número de pedidos de medidas judiciais protetivas – que proíbem o agressor de aproximar-se da vítima – aumentou de 399 para 539, por mês.
Fonte: AL/RS