A Assembleia Legislativa recebe, nesta segunda-feira (2), o Seminário de Sensibilização para a Política e o Plano de Mobilidade Urbana, realizado pelo Ministério das Cidades. O evento, que tem o apoio da Comissão Especial para tratar da Mobilidade Urbana, presidida pelo deputado Vinicius Ribeiro (PDT), está sendo realizado na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho).
Abertura
Na abertura do evento, o presidente da Assembleia, deputado Pedro Westphalen (PP), destacou o pioneirismo do parlamento gaúcho na discussão sobre o tema da mobilidade, “que hoje atinge tanto as grandes, quanto as pequenas cidades; é um problema de todos”.
“Precisamos fazer com que as cidades brasileiras, principalmente as médias e grandes, implementem as diretrizes da Política nacional de Mobilidade Urbana; caso contrário, as coisas tendem a piorar”, alertou o representante do Ministério das Cidades, engenheiro Marco Antonio Vivas Motta.
O secretário municipal de Transportes de Porto Alegre e presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, já prevê dificuldade no reajuste da tarifa de transporte coletivo no início do próximo ano. Sobre o plano de mobilidade para a Capital gaúcha, ele espera que seja o resultado “da discussão com a população e as instituições”.
“Precisamos elaborar planos que não sejam de papel”, afirmou o deputado estadual de Minas Gerais, Paulo Lamac. Ele é presidente da Comissão de Assuntos Municipais do seu estado e presidente do Fórum Técnico da Mobilidade Urbana. Lamac falou sobre a problemática da popularização do automóvel, segundo ele, uma consequência da má qualidade do transporte coletivo. Ele defende melhorias na infraestrutura. “Hoje, se 50% das pessoas deixarem o carro em casa, seria um caos no transporte coletivo.” Ele utilizou a França como paradigma. Mesmo quem tem carro, opta por outras alternativas como os coletivos, a bicicleta ou mesmo andar a pé.
Já o deputado Renato Hinnig, de Santa Catarina, apontou a necessária mudança de paradigma dos gestores do executivo, que tem no horizonte apenas os quatro anos de seus mandatos. “A mobilidade precisa de planejamento e quatro anos não são suficientes.” Ele acredita ser importante o apoio do governo federal, pois os governos municipais e estaduais não têm recursos para investimentos. O Plano de Mobilidade da Grande Florianópolis está sendo financiado pelo BNDEs.
Programação
O evento continua ao longo do dia. Confira a programação:
10h Política Nacional de Mobilidade Urbana
10h40 Contribuição da Comissão Especial no Projeto de Lei do Plano Estadual de Mobilidade Urbana – RS
11h Mesa: Desafios Políticos da Implementação da Lei da Mobilidade Urbana
14h Mesa: Planos de Mobilidade e Instrumentos de Gestão
16h Mesa: Controle Social – Pactuação e Política Tarifária
Fonte: AL/RS