A intenção da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul de extinguir a Superintendência da Educação Profissional (SUEPRO) e instituir, no seu lugar, uma coordenação específica foi motivo de lotação do Plenarinho da Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado Alceu Barbosa Velho (PDT) em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia.
A audiência, solicitada por Alceu, contou com a presença do secretário Estadual de Educação, José Clóvis de Azevedo; do superintendente da SUEPRO, Pedro Luiz Maboni; de Meri Terezinha Cichocki Marmilickz, presidente do Conselho Estadual de Diretores de Escolas Agrícolas; de Sérgio Cristani, presidente da Associação Gaúcha de Professores do Ensino Agrícola; de diretores da Secretaria de Educação, de escolas técnicas, professores e alunos. Os trabalhos foram abertos por Alceu que fez questão de ressaltar a importância de “sabermos as razões da extinção da SUEPRO”, que as escolas técnicas ficaram sabendo através do site da Secretaria de Educação.
O deputado manifestou sua preocupação com possíveis prejuízos que advirão da extinção da Superintendência, caso ela se confirme: “Estamos aqui todos defendendo a escola profissional e a intenção de promovermos esta audiência pública foi para fazermos o debate”, afirmou. “A constatação a que chego neste momento – inclusive pela fala do secretário da Educação – parece ser que o problema é a forma como está sendo realizada a extinção da SUEPRO, simplesmente se acabando com o órgão. Sou do princípio que, quando se dá banho numa criança, se joga fora a água suja e não a criança. Recomendo que se discuta mais o assunto, que este diálogo se prolonge. Somos todos favoráveis ao avanço tecnológico e talvez possamos sanear a SUEPRO e aproveitar tudo de bom que ela tem em sua bonita história”, disse o deputado.
O secretário de Educação, José Clóvis de Azevedo, disse que a intenção do Governo do Estado é de dar mais mobilidade para a SUEPRO que passará a integrar o gabinete do secretário. “Se a SUEPRO funciona muito mal é por causa de sua estrutura superada, fruto de outra época, que separou o ensino técnico da escola. Vamos trabalhar na linha de dar mais mobilidade às 156 escolas técnicas do Estado e fazer com que os recursos federais cheguem melhor. A Superintendência é obsoleta e, por isso, alguns convênios não avançam. Temos a certeza de que vamos mostrar para todos o melhor, com um trabalho diferenciado, singular na formação de nossos jovens. É uma questão de concepção de gestão e política de governo”.
Ao final da reunião, o deputado Alceu Barbosa recebeu um abaixo assinado da SUEPRO contendo pedido para ela não seja extinta e encaminhou o documento, com quatro mil assinaturas, ao governador Tarso Genro para que ele avalie.
Fonte: AL/RS