O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), Gabriel Wedy, acompanhado do diretor Reynaldo Fonseca, participou na manhã desta quinta-feira, 29, da cerimônia de lançamento da IX edição do Prêmio Innovare, no plenário do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Prêmio Innovare, que há nove anos premia boas práticas da justiça brasileira, nessa edição tem como temas principais “Desenvolvimento e cidadania” e “Justiça e sustentabilidade”.
Para Wedy é uma alegria muito grande a AJUFE participar como entidade realizadora do Prêmio Innovare. “Esse ano os temas são muito relevantes. Nós precisamos adotar práticas novas na justiça brasileira no sentido de se construir uma justiça mais rápida, barata, acessível e que, no aspecto criminal, não admita a corrupção e a impunidade no Brasil. Além de uma justiça ecologicamente correta. A Justiça Federal e o Superior Tribunal de Justiça têm dado o exemplo disso, com a criação do processo eletrônico, que é o processo do futuro, que economiza papel, evita o desmatamento e é aberto para a sociedade. A Justiça Federal está 24 horas por dia aberta para a população. O Instituto Innovare está de parabéns. É uma honra muito grande participar de mais essa edição do Prêmio Innovare”, afirmou.
O ministro Ari Pargendler, presidente do STJ, disse que a inovação é uma característica da modernidade e elas são uma exigência da sociedade. “O Instituto Innovare, com esse extraordinário prêmio, tem atendido ao longo das edições esses reclames. O lançamento do IX Prêmio Innovare constitui uma distinção que agradecemos. Essa parceria público-privada, de um lado a magistratura e de outro lado o Innovare, com os diversos apoios e as organizações Globo, tem contribuído para que a justiça brasileira aperfeiçoe suas práticas. Que essa edição siga a tradição das edições anteriores”, destacou.
Segundo o ex-ministro da Justiça e presidente do Conselho Superior do Instituto Innovare, Márcio Thomaz Bastos, o Prêmio Innovare já se consolidou. “Temas como biogenética, crimes ambientais e sustentabilidade como desafios para o trabalho jurídico. Continuo achando que a transformação do Poder Judiciário é fundamental. É importante a renovação, a modernização do Poder Judiciário”.
E acrescentou: “O Prêmio Innovare é o acolhimento de novas experiências para a jurisdição. Consolidamos o Innovare como uma Instituição que precisa estar se renovando. É isso que esperamos do Poder Judiciário. Nessa edição, caminhamos para essa direção”.
A desembargadora Marilene Alves, do Rio de Janeiro, que recebeu o Prêmio Innovare em 2011, traçou um panorama da justiça brasileira de ontem e de hoje. “Em outubro deste ano se comemoram 261 anos de organização formal da justiça no Estado do Rio de Janeiro. Parece que milênios nos separam daquela época, em que a clientela era muito restrita. Os juízes atendiam alguns senhores. Daquele tempo para cá muita coisa mudou, a quantidade de pessoas atendidas e a qualidade dos direitos. Será que nós, do Judiciário, acompanhamos essa mudança? Somos lentos para julgar, pois julgar é penoso e é uma tarefa solitária”, ressaltou.
Marilene Alves ainda falou sobre o Prêmio Innovare. “O Prêmio Innovare precisa contribuir para que a justiça estabeleça um olhar não só no universo do Judiciário, mas como um todo que estamos inseridos e que mudou muito. Que desse Instituto saiam ideias do Judiciário não só como um compartimento e o prêmio tem essa dimensão humana”.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também enfatizou a mudança e a transformação. “Duvidam da nossa capacidade de mudança. O Prêmio vem demonstrar que os juristas podem ser transformadores e hoje estão conscientes dos desafios que possuem. Inovar exige coragem. Homens e mulheres do Direito estão cientes da percepção do momento que vivemos. Estamos no caminho da transformação, a inovação é a mola-mestre para um futuro de democracia, equilíbrio e uma nova realidade histórica”.
Para o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, é uma honra participar de mais essa edição do Prêmio Innovare. “É uma realidade incorporada à própria justiça brasileira que, a cada ano, oferece espaços para práticas inovadoras. Sempre que falamos em eficiência pensamos em presteza. Mas, no campo da presteza, também cabe a inovação. O Prêmio nos auxilia, abre o espírito para as necessidades da inovação, da coragem, de romper com paradigmas culturais. Soltar as amarras do coração é lançar um olhar inovador sobre os paradigmas jurídicos. Fico agradecido toda vez que participo do lançamento desse Prêmio, que é nosso parceiro e se preocupa com um judiciário contemporâneo”, finalizou.
Das Organizações Globo, que apoia o Prêmio Innovare, estava presente à solenidade, o presidente Roberto Irineu Marinho.
Prêmio – Os interessados podem se inscrever anualmente em seis categorias: Advocacia, Juiz, Ministério Público, Prêmio Especial (que também oferece ao vencedor um intercâmbio para conhecer de perto o sistema judiciário de outros países em parceria com a International Bar Association – IBA), Defensoria Pública e Tribunal.
O prêmio é uma realização do Instituto Innovare, do Ministério da Justiça, por meio da Secretaria de Reforma do Judiciário, da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), da Associação Nacional da Defensoria Pública (ANADEP), Da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), com o apoio das Organizações Globo.
As inscrições podem ser feitas em www.premioinnovare.com.br até 31 de maio.
Fonte: AJUFE