Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O presidente da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Roberto Klabin, criticou hoje (27) o rascunho zero (zero draft), documento que vai servir de base para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Para ele, o documento não trata de questões específicas.
“O rascunho zero é extremamente generalista. Não há assunção de compromissos efetivos. A esperança é que em junho [quando ocorre a conferência] seja renovado o atual quadro de intenções, com propostas mais corajosas”, disse Klabin, ao participar de discussão sobre o assunto na Câmara.
Segundo a ministra, a Rio+20 vai incorporar o que ocorreu na área do meio ambiente e desenvolvimento sustentável nos últimos vinte anos, quando ocorreu a Rio 92. Entretanto, o evento também deverá projetar os próximos 20 anos. “Mas não impede que haja debates mais aprofundados sobre os temas que foram importantes na Eco 92 e que ainda estão em voga”.
Para o chefe da divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, Paulino Franco, uma das ideias para as discussões mais concentradas na Rio+20 serão os diálogos para o desenvolvimento sustentável, que ocorrerão entre 16 e 19 de junho. “São discussões voltadas para a sociedade civil. Os governos não participarão desses diálogos”, afirmou.
As discussões deverão envolver desenvolvimento sustentável para o combate à pobreza, energia e economia sustentáveis, além de temas como água e segurança alimentar e nutricional.
Edição: Fábio Massalli