A vida do advogado corporativo não é fácil: Números, gestão, cuidar de equipe e sempre de olho na direção da empresa.
Tantos compromissos e agendas que lembrar-se das origens muitas vezes não é permitido.
Por óbvio, da origem se cresce, aprende, amadurece e hoje vive-se em evolução.
Hoje, como um presente nesta semana que iniciou com o dia do advogado, trago uma história que remonta as origens da advocacia:
AULA DE DIREITO
“Uma manhã, quando nosso novo professor de “Introdução ao Direito” entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
– Como te chamas?
– Chamo-me Juan, senhor.
– Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! – gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados porém ninguem falou nada.
– Agora sim! – e perguntou o professor – para que servem as leis?…
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
– Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
– Não! – respondia o professor.
– Para cumpri-las.
– Não!
– Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
– Não!!
– Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
– Para que haja justiça – falou tímidamente uma garota.
– Até que enfim! É isso… para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
– Para salvaguardar os direitos humanos…
– Bem, que mais? – perguntava o professor.
– Para diferençar o certo do errado… Para premiar a quem faz o bem…
– Ok, não está mal porém… respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?…
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
– Quero uma resposta decidida e unânime!
– Não!! – respondemos todos a uma só voz.
– Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
– Sim!!!
– E por que ninguem fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
– Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
– Vá buscar o Juan – disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.”
(Autor desconhecido).
Uma verdade, não é mesmo?
Podemos pensar nesta mesma verdade, neste mesmo ideal no nosso dia a dia!
Quer dizer, o que defendemos hoje com tanta veemência como defenderíamos a nossa dignidade?
Defendemos nossos direitos? Sejam eles dentro da empresa, sejam eles fora da empresa?
Somos advogados apenas pelo título ou por conceito, por objetivo, por verdade?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
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