Muitos reclamam que seus problemas são os maiores do mundo. Outros, que são problemas insolúveis. Outros ainda que seus problemas acabam com suas vidas.
Primeiramente, temos que analisar que os problemas são fundamentalmente problemas quando tiramos deles as emoções. Quando ainda estamos no pálio das emoções, temos problemas enormes enquanto podem ser problemas pequenos ou facilmente resolvíveis.
Pegue seus problemas, analise sem as emoções envolvidas: O que sobra normalmente é uma decisão: Sim ou não.
Aliás, grande parte das decisões se resolvem com um sim ou não!
Você já experimentou isto? Dizer sim ou não? Parece simples, mas não é.
Aliás, muitos confundem o sim e o não com as consequências. São distintos. Depois do sim ou do não, você terá as consequências desta decisão. As consequências podem ser um balizador da decisão, mas não são a decisão em si.
Examine os problemas com toda sua razão.
Se tudo isto falhar, siga então o conselho do Analista de Bagé de Luis Fernando Veríssimo abaixo:
Existem muitas histórias sobre o analista de Bagé, mas não sei se todas são verdadeiras. Seus métodos são certamente pouco ortodoxos, embora ele mesmo se descreva como “freudiano barbaridade”. E parece que dão certo, pois sua clientela aumenta. Foi ele que desenvolveu a terapia do joelhaço.
Diz que quando recebe um paciente novo no seu consultório a primeira coisa que o analista de Bagé faz é lhe dar um joelhaço. Em paciente homem, claro, pois em mulher, segundo ele, “só se bate pra descarrega energia”. Depois do joelhaço o paciente é levado, dobrado ao meio, para o divã coberto com um pelego.
-Te abanca, índio velho, que tá incluído no preço.
– Ai ? diz o paciente.
– Toma um mate?
– Nã-não… ? geme o paciente.
– Respira fundo, tchê. Enche o bucho que passa.
O paciente respira fundo. O analista de Bagé pergunta:
– Agora, qual é o causo?
– É depressão, doutor.
O analista de Bagé tira uma palha de trás da orelha e começa a enrolar um cigarro.
– Tô te ouvindo ? diz.
– É uma coisa existencial, entende?
– Continua, no más.
– Começo a pensar, assim, na fìnitude humana em contraste com o infinito cósmico…
– Mas tu é mais complicado que receita de creme Assis Brasil.
– E então tenho consciência do vazio da existência, da desesperança inerente à condição humana. E isso me angustia.
– Pos vamos dar um jeito nisso agorita ? diz o analista de Bagé, com uma baforada.
– O senhor vai curar a minha angústia?
– Não, vou mudar o mundo. Cortar o mal pela mandioca.
– Mudar o mundo?
– Dou uns telefonemas aí e mudo a condição humana.
– Mas… Isso é impossível!
– Ainda bem que tu reconhece, animal!
– Entendi. O senhor quer dizer que é bobagem se angustiar com o inevitável.
– Bobagem é espirrá na farofa. Isso é burrice e da gorda.
– Mas acontece que eu me angustio. Me dá um aperto na garganta…
– Escuta aqui, tchê. Tu te alimenta bem?
– Me alimento.
– Tem casa com galpão?
– Bem… Apartamento.
– Não é veado?
– Não.
– Tá com os carnê em dia?
– Estou.
– Então, ó bagual. Te preocupa com a defesa do Guarani e larga o infinito.
– O Freud não me diria isso.
– O que o Freud diria tu não ia entender mesmo. Ou tu sabe alemão?
– Não.
– Então te fecha. E olha os pés no meu pelego.
– Só sei que estou deprimido e isso é terrível. É pior do que tudo.
Aí o analista de Bagé chega a sua cadeira para perto do divã e pergunta :
– É pior que joelhaço?
Pior que joelhaço é difícil ,não é mesmo?
Agora, o que você anda fazendo com suas angústias? Já acompanhei muitas pessoas que perdem empregos, oportunidades e muito mais pela angústia, pela ansiedade, por estarem conectadas a problemas ao invés de soluções.
E, se tudo der errado, lembre-se: Pior mesmo, é o joelhaço!
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
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