Ter informação é importante, não é mesmo?
Quem detém informação é privilegiado, pode ser dono do mundo!
Assertivas que povoam a mente de gestores e colaboradores. Cada vez mais uma sede por informação, por conhecer, por saber.
Temos um google para isto. Temos informação até demais. Com o advento das redes sociais, informações que estão disponíveis 24 horas por dia, quer nós queiramos, quer não.
Entretanto, o que mais visualizamos são pessoas informadas superficialmente das coisas, pessoas que no mínimo debate de aprofundamento vão para escanteio.
Não estamos dizendo que aprofundar é ler Kant, Freud ou Jung. Nem mesmo que aprofundar é debater política e mercado.
Isto não é profundidade, afinal, temos tudo no google ou ao acesso de uma livraria on line.
Atualmente, parece que esquecemos o que é realmente fundamental e apenas vivemos, apenas aplicamos o parco conhecimento que nos é ensinado em algumas superficialidades do dia a dia.
Nos departamentos, empresas e vida jurídica, encontramos profissionais dedicados em conhecer modelos de peças, em copiar aquilo que se tem na internet, em levar pendrives cheias de textos para cima e pra baixo argumentando que são os melhores porque sabem pesquisar (?!) e sabem escrever?
Sabem mesmo?
? Copiam e sequer se preocupam em alterar a concordância;
? Escrevem dois parágrafos sem conexão com o restante da peça e a peça está pronta;
? Demoram horas para fazer um recibo ou notificação e quando pedimos um parecer, “aquilo” que é entregue como sendo um parecer, aparece.
Falta muito, para muitos profissionais, chegarem não apenas a serem advogados na acepção da palavra, mas falta muito é o raciocinar, o pensar realmente.
Lembra da faculdade, do bem jurídico a ser tutelado por determinada lei?
Pois é… Se esta realidade vier para os departamentos jurídicos e para vida do advogado em si, podemos ter alguma esperança.
Como assim?
Se os profissionais buscarem o porque de fazerem determinada tarefa, já estaremos dentro de uma realidade completamente diferente.
Você, gestor, vê isto todos os dias. Pedidos simples ou tarefas cotidianas que são entregues sem nenhum pudor com erros de escola primária. Pessoas envolvidas com projetos que sequer sabem exatamente o porque estão fazendo aquilo. Enfim, pessoas que esquecem os bens jurídicos tutelados de suas atitudes.
Se é dado treinamento, ensina-se quais são os objetivos e escopos por trás de cada atitude, ou seja, se demonstra os porquês da atividade e mesmo assim, continuamos com pessoas fazendo recorta e cola, a decisão de continuidade é sua, gestor.
Se o recorta e cola sem pensar for útil, beleza.
Senão, pela proteção do bem jurídico maior a ser tutelado de todo departamento – que é a co-existência do mesmo em simbiose com a empresa de maneira estratégica – e para não desistimular a equipe inteira por alguns, melhor que o colaborador recorta e cola procure outra tesoura e outra cola para trabalhar.
O questionamento que fica é: Qual o bem jurídico a ser tutelado nas tarefas do seu dia a dia?
A resposta pode ser o caminho para solucionar problemas de equipe, comportamento e objetivos.
#Ficaadica
Todas as quintas-feiras publicamos no portal http://www.gestao.adv.br um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
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