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Processo Eletrônico e o papel: Quem vence?

A OAB quer manter o processo de papel junto com o processo eletrônico, enquanto não sanarem os problemas do processo eletrônico.

Uma visão muito acertada no meu ponto de vista.

Temos ainda um processo eletrônico que não atende a realidade brasileira, tanto dos advogados como do próprio acesso a justiça.

São lugares sem luz, onde a vida acontece, mas a luz ainda não chegou e como num local como este, onde chega-se de barco, por exemplo, conseguiremos dar acesso a justiça nos problemas e mazelas do cidadão?

E nos lugares onde até temos luz, mas não temos internet?

Isto para não dizer em lugares com internet dita permanente e encontramos é uma velocidade muito menor que a contratada e falhas a todos os instantes.

E recentemente comemorado o dia dos portadores de deficiência, o que dizer do processo eletrônico se o mesmo não oferta condições aos advogados com deficiência de acessarem o portal?

Não temos condições mínimas e técnicas para a manutenção de instalação e obrigatoriedade do processo eletrônico na forma como está.

Precisamos repensar isto e uma das formas encontradas pela OAB foi a manutenção do papel enquanto resolve o que precisa ser resolvido.

Muitos entusiastas do processo eletrônico serão contra, já que pensam que tudo está bom para o processo eletrônico funcionar ou que devemos manter o processo eletrônico apesar dos pesares, uma vez que o papel representa um retrocesso.

Ledo engano.

Retrocesso é afastarmos o judiciário de quem mais precisa dele, que é justamente o jurisdicionado representado pelo seu advogado.

Retrocesso é impedir que a advocacia exerça o seu papel de administradora da justiça por absoluta falta de condições basilares de comunicação e não porque os advogados não querem a evolução.

Retrocesso é impor um calendário de implantação egocêntrico, unicamente de satisfação de inauguração de obras, enquanto a sociedade assiste a um caos de decisões, padronizações e injustiças.

A advocacia precisa se mobilizar contra as mazelas do sistema – aliás, como muito bem tem se posicionado – e continuar defendendo o processo eletrônico como o meio adequado, desde que preenchidos os requisitos necessários e mínimos para sua implantação.

Processo eletrônico e o papel: Quem vence?

O processo eletrônico, sem sombra de dúvidas; Ele é o futuro. Mas, se ele quer ser o presente, que seja melhor que o papel, nos dando mais condições, agilidade e segurança que o papel nos deu e nos dá desde o tempo dos egípcios.

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Artigo escrito por Gustavo Rocha

Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas

Sócio da Bruke Investimentos

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Como citar e referenciar este artigo:
ROCHA, Gustavo. Processo Eletrônico e o papel: Quem vence?. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2014. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/gestao-tecnologia-e-qualidade-para-o-direito/processo-eletronico-e-o-papel-quem-vence/ Acesso em: 10 mar. 2025
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