Uma pesquisa do FDJUR apresentou recentemente números bem interessantes sobre o que realmente importa aos departamentos jurídicos na avaliação dos escritórios contratados.
Três principais pontos são os destaques e vamos aborda-los um a um.
Vejamos primeiramente a pesquisa em si:
Escritórios de advocacia respondem o que pensam ser mais valorizados aos departamentos jurídicos:
1º) Conhecimento na Área de Atuação (376 pontos);
2º) Compromisso com a Demanda da Empresa (371 pontos);
3º) Rapidez nas Situações de Urgência (366 pontos);
4º) Disponibilidade no Atendimento a Qualquer Momento (303 pontos);
5º) Estrutura para Lidar com a Demanda da Empresa (282 pontos);
6º) Sintonia com o Departamento Jurídico (263 pontos);
7º) Proatividade na Resolução de Problemas Não Detectados (246 pontos);
8º) Preço Condizente com o Serviço Prestado (187 pontos);
9º) Relatórios Constantes e Apurados do Serviço Prestado (170 pontos).
Departamentos apontam o que vêem ser mais valoroso nos escritórios:
1º) Compromisso com a Demanda da Empresa (330 pontos);
2º) Conhecimento na Área de Atuação (321 pontos);
3º) Rapidez nas Situações de Urgência (311 pontos);
4º) Sintonia com o Departamento Jurídico (270 pontos);
5º) Disponibilidade no Atendimento a Qualquer Momento (259 pontos);
6º) Proatividade na Resolução de Problemas Não Detectados (212 pontos);
7º) Estrutura para Lidar com a Demanda da Empresa (208 pontos);
8º) Preço Condizente com o Serviço Prestado (200 pontos);
9º) Relatórios Constantes e Apurados do Serviço Prestado (139 pontos).
Fonte: http://www.gejur.com.br/Noticias/detail/147-os-acertos-mais-valorizados-dos-escritorios-de-advocacia-no-atendimento-aos-departamentos-juridicos
Vejamos os 3 principais pontos, com comentários em azul:
Compromisso versus Conhecimento
Um dos requisitos essenciais para a contratação do escritório é o conhecimento na área relacionada à necessidade da companhia, mas os departamentos jurídicos valorizam mais o compromisso com a demanda da empresa. Esse pode ser um diferencial que mantenha ou termine uma relação e pode passar despercebido por alguns.
Como diz o colega Leonardo Maia Moll em várias conversas que tivemos sobre este tema, não apenas o compromisso, mas a fundamentação, a técnica jurídica fazem a diferença. Para mim, numa ótica holística, penso que o conhecimento e a técnica são tão basilares e essenciais, que se o escritório não está cuidando disto, melhor fechar as portas.
Neste mesmo diapasão, o compromisso dos sócios e advogados atinentes ao departamento são essenciais. Compreender que relatórios no dia 20 não são apenas relatórios, são informações que serão transformadas em conhecimento para a direção. Então, sem compromisso e técnica jurídica, melhor buscar outra profissão.
Sintonia versus Disponibilidade
De nada adianta a disponibilidade para atender o departamento jurídico se não houver sintonia, afinal, a compreensão das necessidades da companhia e a resolução de seus problemas faz com que o escritório externo não precise ser acionado com tanta frequência. O item abaixo reforça essa ideia.
A disponibilidade é importante, demonstra comprometimento, visão do negócio. Contudo, compreender o que se passa na empresa é igualmente fundamental.
Proatividade versus Estrutura
Uma grande estrutura não é garantia de melhor atendimento, afinal o escritório pode utilizá-la com outros clientes e deixar, por exemplo, um número insuficiente de advogados para atender as necessidades do departamento jurídico. No entanto, quando o escritório externo mostra que conhece ou percebe as dificuldades a serem enfrentadas antes delas surgirem, basta mostrar o quanto a empresa economiza em situações como essa para reforçar o sentimento de compromisso com o cliente.
Tal situação é tão verdadeira que muitos preferem escritórios menores do que os grandes. E os grandes, percebendo esta realidade, desenvolveram núcleos de atendimento para poderem concorrer com esta realidade.
Enfim,
O que realmente importa é: Faça o seu melhor, mantenha-se sempre atualizado, trate o seu cliente com respeito e deferência, e tudo isto somado a uma técnica boa e conhecimento de mercado podem manter o escritório com um diferencial competitivo.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
Sócio da Bruke Investimentos
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