Roberto Setúbal, presidente do Itaú-Unibanco em 3 pontos de gestão, pinçados pela entrevista concedida na Época Negócios, com pitacos meus:
O que caracteriza o seu estilo de liderança?
Fazer perguntas. Perguntar é muito importante. Se você não sabe fazer a pergunta certa, não é capaz de entender o problema da maneira correta. As pessoas, quando relatam algum entrave, costumam misturar as causas com as consequências. O problema nunca vem pronto, claro, como nas provas colegiais. São as perguntas certas que podem levar à descoberta da causa – e a uma solução adequada. Entender exatamente um problema é talvez o maior desafio do presidente de uma empresa.
Uma dica fundamental: Perguntar é essencial, pois nem sempre sabemos as respostas e mais, as perguntas certas são mais fundamentais do que as próprias respostas.
O senhor mudou o seu comportamento no banco, tornando-se menos formal. Foi para dar o exemplo?
O formalismo mais atrapalha do que ajuda. A informalidade torna mais fácil as pessoas trazerem os problemas até você. Isso vale para tudo. Quando você deixa mais espaço, elas colocam os problemas com mais naturalidade. O fato de não me chamarem mais de doutor não faz com que percam o respeito. A liderança não muda. As pessoas sabem se comportar. Hoje, no banco, ninguém mais tem uma sala. Existem os locais de reunião, uns maiores, outros menores. Quer ter uma conversa particular? Vai para uma sala pequena. O ambiente aberto dá mais informalidade às relações, mais naturalidade às conversas e aumenta a integração. Você aproveita momentos que está passando ao lado da pessoa e já faz o seu comentário. Isso dá maior velocidade a tudo.
Concordo amplamente, formalidade em si só não leva a nada. É basilar, porém, que não se confunda a perda de formalidade com a perda de hierarquia. Hierarquia é muito importante para manutenção da empresa como um todo.
Qual é o seu segredo para firmar sociedades tão duradouras?
Eu as vejo como casamentos. Só podem dar certo se forem boas para os dois lados. Todos têm de sair felizes da negociação. É importante saber quais são os valores, os objetivos e os sonhos do parceiro. Mesmo porque, feito o acordo, você vai acordar ao lado do seu sócio pelo resto da vida. Mas, quando se está comprando ou vendendo um negócio, a situação é diferente. Aí, é possível apertar, levar o preço ao limite.
Taí algo que devemos sempre levar em conta: As relações de trabalho tem que ser ganha ganha, e na maioria das vezes, não somente ganha e trabalha. As pessoas precisam identificar que o trabalho lhes será algo de propósito, algo maior do que apenas um salário no final do mês.
Para ler na íntegra a entrevista, acesse:
E você? Como conduz a sua empresa em termos de gestão, pessoas e liderança?
Refletir a respeito é sempre salutar para o início da mudança.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
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