“Liderança é uma escolha que se faz, não um lugar em que se senta”
(John C. Maxwell, consultor americano).
Em pleno século XXI vê-se de maneira urgente e emergente que temos de ser, além de gerente, um grande líder; caso contrário, estaremos fadados não apenas ao fracasso, mas também a sucumbirmos no mercado em que atuamos.
Enquanto líder, o gerente, além de se preocupar em demasia com todos os recursos humanos envolvidos no processo organizacional, procurando investir, manter e reter os talentos dentro da organização, ele possui também a preocupação incansável em incentivar toda a equipe de trabalho, fazendo destes um verdadeiro time, e assim, alcançar resultados mais do que esperados.
Enquanto gerente, o líder se preocupa em descentralizar ações, realizando um trabalho em equipe, de forma a somar talentos, habilidades e conhecimentos, colocando de forma clara as atribuições para cada um dentro da organização, deixando de maneira transparente o que se espera de cada profissional. Além disso, realiza o planejamento de forma conjunta, atuando de forma a atender à satisfação de seus clientes, estipulando prazos para cumprimentos de tarefas, e assim, buscando alcançar a eficiência e eficácia.
Enquanto líder, o gerente entende bastante de gente, sabe como ninguém lidar com o ser humano, procurando não somente conhecer os seus anseios e reais necessidades, mas procurando atendê-los, pois tem consciência que profissional satisfeito é sinônimo de produtividade.
Enquanto gerente, o líder busca controlar, assegurando a compreensão e monitorando as ações realizadas, detectando falhas em tempo hábil e corrigindo-as, demonstrando indignação diante de um erro e/ou falha, mas também vibrando com seus colaboradores a cada conquista.
Enquanto líder o gerente sabe, além de ouvir, dialogar e respeitar seus colaboradores, pois sabe que cada ser humano da organização tem algo a contribuir, uma vez que são seres dotados de inteligência, conhecimentos, habilidades e talentos. Nesse viés, além de valorizar todos dentro da organização, energiza-os com muita paixão. Através do carisma que possui, envolve de certa forma todos no trabalho, fazendo com que seus colaboradores se entreguem de “corpo e alma” ao que se propõem a fazer, e com muito gosto.
Enquanto gerente, o líder preocupa com a qualidade da prestação de serviço e/ou fabricação do produto, às vezes impõe suas idéias e opiniões, esquecendo-se que está cercado de pessoas que podem colaborar e muito com a organização, se estas tiverem vez e voz.
Ainda, é importante notar que um grande líder é um gerente orientado para resultados. Os líderes são profissionais que, além de aguçar a vontade de toda equipe em trabalhar mais, melhor e com gosto, incentiva-os sempre, desenvolvendo a difícil arte de trabalhar em equipe. Entre seus necessários talentos, sabe ouvir seus colaboradores, possuindo muita facilidade em se relacionar e inspirado sempre na confiança se apóia nas pessoas envolvidas no processo, procurando atuar inovando sempre, tomando sempre a decisão mais acertada, contribuindo assim para o desenvolvimento e crescimento da organização em que atua.
Ressalta-se que o líder, além de possuir um forte equilíbrio emocional, exerce sua função com muita humildade e sabedoria, sabendo reconhecer seus erros, driblar as crises e conflitos que porventura poderão surgir, lidando muito bem com as pressões, procurando transformá-las em desafios, e como resultado obtendo grandes conquistas.
É pacífico dizer que, sendo um profissional pró-ativo, o líder muitas vezes quebra regras e se antecipa aos problemas, sendo flexível e adaptando às mudanças, trilhando um novo caminho. É com essa sutil tática que reinventa uma nova forma de caminhar, pois é um profissional que se encontra sempre obcecado pelas transformações, procurando sempre olhar para além do plano já traçado com o objetivo de fazer acontecer. Em síntese, é através dessa visão futurista que enxerga o que o outro ainda não viu, “abocanhando” assim, as grandes oportunidades de mercado.
Não se pode olvidar que o líder preocupa-se muito com a ética e com a moral, zelando então pelo seu comportamento, tendo um autocontrole invejável, sendo sempre gentil e extremamente transparente em suas ações, pois quando comunica, expõe de fato o que realmente sente, expõe sua alma, o seu coração. É admirável verificar que suas ações refletem sempre a sinceridade do momento.
Pautados em três pilares – inteligência, conhecimento e criatividade – o gerente atua na organização canalizando esforço em prol da produtividade, agindo com maestria. Já para o líder existem três pilares que o sustentam e que são: visão, valores e comportamentos, e é exatamente esta tríade que o conduz habitualmente ao sucesso.
Por fim e diante todo o exposto, conclui-se que liderar e gerenciar predispõe a papéis diferentes, porém complementares. Um gerente não sobrevive hoje sem ser um grande líder e vice-versa. Assim, torna-se essencial que gerentes se preocupem em desenvolver capacidades que os tornem grandes líderes, pois a liderança está intimamente ligada a comportamento interpessoal, e a boa notícia é que se pode aprender, bastando querer ser.
05/07/2008
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.
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