Realizações da Técnica
Ricardo Bergamini*
“Masturbação mental ideológica é assunto chique restrito das elites. A História da Civilização nos ensina que devemos temer a fúria das massas”. (Ricardo Bergamini).
A introdução da máquina e da técnica promovem a Revolução Industrial – base material da nossa civilização moderna. Em 1770, aproximadamente, começa a primeira fase da Revolução Industrial. A aplicação do maquinário à industria vai-se desenvolvendo em forma vertiginosa.
Já na segunda década do século XVIII tinham surgido, na Inglaterra, as grandes invenções e melhoramentos mecânicos de larga aplicação industrial. É a vitória da indústria fabril, sobre a indústria artesã caseira. A indústria têxtil foi a primeira a aparelhar-se, a fim de atender ao constante crescimento do mercado consumidor. A manufatura de tecidos de algodão foi mecanizada: máquinas de fiar, descaroçador de algodão, tear hidráulico (Arkwright), tear mecânico (Cartwright).
O aperfeiçoamento das máquinas foi lento, mas constante. A máquina de fiar produzia, em 1767, somente oito fios simultâneos. Em 1800, produzia quatrocentos fios de excelente qualidade, ao mesmo tempo. A máquina de costura teve vários precursores, de 1830 a 1846, até a aperfeiçoada por Singer em 1850.
Apareceram as máquinas de vapor (Watt, escocês, 1782), que dão um tremendo impulso à indústria. “Não será exagerado afirmar-se que a invenção de Watt foi o verdadeiro começo da era da força motriz”.
Os fornos metalúrgicos, em lugar de lenha, passam a usar, como combustível, carvão-de-pedra (hulha). A indústria do ferro progride. Fabricam-se instrumentos mecânicos, chapas para pontes metálicas, navios. Em 1856, desenvolve-se o processo Bessemer de fabricação do aço.
Melhoram os transportes: construções de estradas (pavimentadas com pedra britada), canais (1869; Suez), serviços postais permanentes. Em 1850, é colocado o primeiro cabo submarino (através do canal da Mancha).
Em fins do século XVIII e começos do XIX surgem os primeiros modelos de barcos de vapor – invenção dos norte-americanos (Rumsey, Fitch, Fulton). Em 1807, Fulton é aclamado herói nacional, após realizar o percurso Nova York – Albany. Em 1817, um vapor atravessa o Atlântico Norte. Os primeiros vapores são de rodas, substituídas mais tarde (1840) pela hélice, como elemento propulsor.
Em 1825: Primeira estrada de ferro, com locomotivas de vapor (Stephenson, inglês).
Iluminação, calefação – 1800: Lebon, francês, inventa o gás de rua. Em 1859: Dake, norte-americano, perfura o primeiro poço petrolífero.
Na agricultura – Nos primeiros 60 anos: melhoria das espécies de rebanho, cultivo de novas plantas (como, por exemplo, a beterraba), desenvolvimento da química agrícola, mecanização da agricultura.
Depois de 1850: expansão mundial da industrialização. Na segunda metade do século XIX, a grande indústria estendeu-se pelas nações civilizadas. Anteriormente – na época do carvão e do ferro – a aplicação do maquinário à produção limitava-se a poucos países, especialmente à Grã-Bretanha, Bélgica, França e Estados Unidos. Porém, a partir de 1850, a industrialização se difundiu e desenvolveu nos Estados mais importantes, com o seu cortejo de boas e más conseqüências.
* Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini
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