É inconcebível o aumento de violência intrafamiliar contra crianças, adolescentes e idosos em todo o Brasil e a mídia tem feito um papel imprescindível em noticiar tais abusos. A violência no país não é algo invisível; muito pelo contrário, está estampada, diariamente, em jornais, revistas e noticiários.
O Brasil retira a infância da invisibilidade desde 1988, quando assumiu o compromisso, antes mesmo da aprovação da Convenção das Nações Unidas, passando a reconhecer a necessidade de dar tratamento prioritário, assegurando às crianças e aos adolescentes a condição de sujeitos de direito, pessoas em desenvolvimento e prioridade absoluta, em razão de sua condição de maior vulnerabilidade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em seu artigo 18, afirma que “é dever de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.
Mas, apesar de inúmeras leis, o índice de violação de Direitos contra a população mais vulnerável é alarmante. A sociedade precisa ficar atenta e pedir ajuda, denunciar é uma forma de salvar vidas. Lembre-se: sempre que algum direito fundamental é infringido, cria-se o terreno propício às diversas formas de violência, especialmente contra às populações mais vulneráveis.
A necessidade de proteger nossas crianças, adolescentes, jovens e idosos é visível é urgente e precisa se tornar prioridade. Proteja!
Melissa Telles Barufi
Advogada, Presidente da Comissão Nacional da Infância e Juventude do IBDFAM e do Instituto Proteger.
https://melissatellesbarufi.com.br/