Economia

Você Sabia? Parte II (Base Junho de 2002)

Você Sabia? Parte II (Base Junho de 2002)

 

 

Ricardo Bergamini*

 

 

1) Que no período de janeiro de 1995 até junho de 2002 o governo FHC obteve uma Receita Total de 25,32% do PIB (tributárias, contribuições e capitais), tendo aplicado 29,58% do PIB como segue: 13,15% (Administração Financeira); 6,82% (Previdência Social); 2,02% (Saúde); 1,86% (Defesa); 1,39% (Educação); 0,91% (Empregos) e 3,43% com as demais atividades da União, gerando déficit fiscal nominal de 4,26% do PIB.

 

2) Que no período de janeiro de 1995 até junho de 2002 apenas com Administração Financeira (R$ 930,7 bilhões) e Previdência Social (R$ 483,0 bilhões) foram comprometidos 78,87% das Receitas Totais (contribuições, tributárias e de capitais) do período no valor de R$ 1.792,5 bilhões. Tendo restado apenas 21,13% (R$ 378,75 bilhões) para as demais 25 atividades de União: Saúde, Educação, Defesa, etc.

 

3) Que as Receitas Totais da União (contribuições, tributárias e de capitais) migraram da média mês de R$ 19,1 bilhões, no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2001, para R$ 31,5 bilhões na média de janeiro de 2002 até junho de 2002. Incremento de 64,92%.

 

4) Que de janeiro de 2002 até junho de 2002 houve superávit fiscal nominal de R$ 8,7 bilhões (1,37% do PIB) e que a dívida pública líquida da União de janeiro de 2002 até junho de 2002 aumentou em R$ 116,7 bilhões (que nada mais é do que déficit diferido). Com isso o déficit real de janeiro de 2002 até junho de 2002 foi de R$ 108,0 bilhões (17,03% do PIB).

 

5) Que a dívida externa líquida, pública e privada, no ano de 1994 era de US$ 107,4 bilhões (19,77% do PIB). Em junho de 2002 estava em US$ 189,0 bilhões (36,42% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 84,22%.

 

6) Que no conceito de liquidez internacional (inclui empréstimos ponte com FMI) as reservas em dezembro de 1994 eram de US$ 50,4 bilhões. E em junho de 2002 estavam em US$ 42,0 bilhões. Redução de 20,00%. E o saldo da dívida de curto prazo com o FMI (vence em dezembro de 2002) é de US$ 14,5 bilhões. E em junho de 2002 foram sacados um montante de US$ 10,3 bilhões.

 

7) Que a dívida total líquida da União (interna e externa) saltou de R$ 87,8 bilhões em dezembro de 1994 (25,13% do PIB), para R$ 973,1 bilhões em junho de 2002 (76,73% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 205,33%.

 

8) Que se considerarmos também a dívida externa do setor privado de US$ 110,6 bilhões, ou R$ 270,2 bilhões (21,31% do PIB), a dívida total: interna, externa, pública e privada é da ordem de R$ 1.243,3 bilhões (98,04% do PIB).

 

9) Que do total da dívida da União citada no item (7) acima, existe um montante de R$ 214,2 bilhões sendo carregada ilegalmente pelo Banco Central do Brasil, por falta de tomadores em mercado

 

10) Que o custo de carregamento da dívida pública em mercado, considerando somente títulos competitivos, inclusive indexados ao câmbio, ficou em 83,09% a.a. em junho de 2002, e a total em 79,19% a.a., apesar dos juros primários estarem fixados em 18,50% (servindo apenas para enganar os incautos através dos meios de comunicação)

 

11) Que nossa séria histórica da balança comercial foi como segue: Superávit 79/84 (US$ 15,9 bilhões); Superávit 85/89 (US$ 67,3 bilhões); Superávit 90/94 (US$ 60,3 bilhões). E no período de janeiro95 a junho/02, pela primeira vez, geramos déficit comercial atingindo (US$ 19,0 bilhões). Avança Brasil!!! (para o Abismo).

 

12) Que a nossa séria histórica de necessidade de financiamento do Balanço de Pagamentos foi como segue: 79/84 (US$ 96,3 bilhões); 85/89 (US$ 67,2 bilhões); 90/94 (US$ 86,9 bilhões). E no período de janeiro de 1995 até junho de 2002 migramos para (US$ 390,3 bilhões). Ou seja: no período de 1979/94 administramos um buraco médio em torno de U$S 15,5 bilhões ao ano. E no período de janeiro de 1995 até junho de 2002 um rombo médio em torno US$ 52,1 bilhões ao ano.

 

13) Que no período de janeiro de 1995 até junho de 2002 recebemos um montante de US$ 190,7 bilhões (bilhões de dólares americanos) em investimentos externos (diretos e indiretos).

 

14) Que o gasto total com pessoal da União (diretos e indiretos) migrou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 65,4 bilhões em 2001. Incremento de 82,68% em relação ao ano de 1994. E que com base nos gastos até junho de 2002 podemos projetar um gasto total de R$ 71,0 bilhões para o ano de 2002. Apesar de manter o mesmo efetivo em torno de 2 milhões de pessoas. Avança Brasil!!! (para o abismo). 

 

15) Que considerando os três poderes da República, civis e militares, com base nos gastos até junho de 2002 o rendimento médio mês per capita com pessoal ativo do governo federal foi de R$ 3.258,05, sendo a média nacional dos trabalhadores formais nas atividades privadas de R$ 769,30, ou seja: 323,51,% menor;

 

16) Que considerando os três poderes da República, civis e militares, com base nos gastos até junho de 2002 o rendimento médio mês per capita com pessoal inativo (aposentadorias e pensões) foi de R$ 2.655,05, sendo a média per capita dos inativos das atividades privadas de R$ 360,00 mensais, ou seja: 637,51% menor.

 

17) Que até o mês de junho de 2002, não considerando receita da Cofins de R$ 20,5 bilhões desviada para atender o serviço da dívida, o déficit do setor privado (INSS) foi de R$ 4,0 bilhões e o público federal de R$ 14,7 bilhões, totalizando até o mês de junho de 2002 um déficit total de R$ 18,7 bilhões.

 

18) Que de janeiro de 2002 até junho de 2002 o sistema de previdência do INSS arrecadou um montante de R$ 33,9 bilhões em contribuições de patrões e empregados ativos da iniciativa privada de um contigente em torno de 50 milhões, pagando benefícios da ordem R$ 37,9 bilhões para um contigente em torno de 20 milhões de aposentados e pensionistas, gerando um déficit de apenas R$ 4,0 bilhões.

 

19) Que de janeiro de 2002 a junho de 2002 o governo federal arrecadou um montante R$ 2,6 bilhões de um contigente de funcionários ativos da ordem de 1.011.978, pagando benefícios de R$ 14,7 bilhões para um contigente em torno de 986.212 aposentados e pensionistas, gerando um déficit de R$ 14,7 bilhões.

 

20) Que o Brasil é um país virgem, com vocação natural para o crescimento: 6,99% ao ano (1952/63); 6,22% ao ano (1964/84). E que somente governos perdulários e corruptos poderiam inviabilizar nossa vocação natural para o crescimento. Fato ocorrido a partir de 1985, com a instalação da “Democracia Meia-Sola”, com quedas sucessivas do crescimento: 4,39% ao ano (1985/89); 1,18% ao ano (1990/94) e de 2,43% ao ano (1995/01), gerando uma média medíocre de crescimento econômico real no período (1985/2001) de 2,66% ao ano, indicador responsável por todos os desequilíbrios atuais, principalmente previdência.

 

21) Que o PIB per capita no ano de 1994 foi de US$ 3.488,00. No ano de 2001 foi de míseros US$ 2.924,00, ou seja: 19,29% menor. Avança Brasil!!!!!( para o Abismo).

 

22) Que o PIB em 1994 foi de US$ 543,1 bilhões. E em 2001 foi de apenas US$ 504,1 bilhões. Redução de 7,73% em comparação com o ano de 1994.

 

23) Que em 1994 a taxa média de desemprego aberto, medida pelo IBGE, foi de 5,1%. E em junho de 2002 ficou em 7,5%, sendo a média do ano de 2002 de 7,3%. Houve um crescimento do desemprego de 47,14% em comparação ao ano de 1994

 

24) Que a amostragem do item (23) acima analisada tem o perfil que segue: a) empregados com carteira assinada (41,8%); b) sem carteira assinada (25,9%); c) trabalho por conta própria (20,8%); d) patrões (4,0%) e) desocupados (7,5%). Portanto um contigente de 33,4% dos economicamente ativos, compostos dos sem carteira assinada e desocupados, são excluídos do Brasil Oficial.

 

25) Que o tal efeito LULA (lulômetro) é uma bobagem que, por si só, é claramente comprovada pelos indicadores acima demonstrados. Quando na verdade o efeito real é FHC (fernandômetro).

 

26) Que se o Brasil não tivesse se transformado em um “Acampamento de Refugiados” o Sr. Fernando Henrique Cardoso já estaria preso.

 

27) Que o Brasil está vivendo uma guerra civil. Segundo a “ONU” acima de 15.000 assassinatos ano um país é considerado em guerra civil. O Brasil atinge 45.000 assassinatos ano.

 

 

* Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

 

 

Compare preços de Dicionários Jurídicos, Manuais de Direito e Livros de Direito.

Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Você Sabia? Parte II (Base Junho de 2002). Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2008. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/voce-sabia-parte-ii-base-junho-de-2002/ Acesso em: 04 jul. 2025
Sair da versão mobile