Emprego industrial fica estável em março
Em março de 2011, o emprego industrial mostrou quadro de estabilidade (0,0%) na passagem de fevereiro para março, após avançar 0,5% no mês anterior. Contudo, o índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em março e fevereiro, após apontar variação de 0,1% em fevereiro e ficar estável de outubro a janeiro. Ainda na série com ajuste sazonal, no índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o pessoal ocupado na indústria cresceu 0,3% nos três primeiros meses de 2011, sétimo trimestre consecutivo de expansão, acumulando nesse período ganho de 5,7%. Nos confrontos contra iguais períodos do ano anterior, os índices mensal (que assinalou o décimo quarto mês seguido de expansão) e acumulado no primeiro trimestre do ano permaneceram com resultados positivos, mas com clara redução na intensidade do crescimento, refletindo em grande parte a elevação da base de comparação.
Frente a março de 2010, o emprego industrial avançou 2,2%, décima quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (0,8%). No fechamento do primeiro trimestre do ano observou-se expansão de 2,6% no confronto com igual período do ano anterior. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, permaneceu apontando crescimento (3,9%), mas repetiu o resultado de fevereiro.
A expansão de 2,2% no índice mensal de março de 2011 mostrou perfil generalizado de crescimento, com doze dos quatorze locais e treze dos dezoito setores investigados ampliando as contratações. Entre os locais, as principais contribuições positivas para o resultado global vieram da região Nordeste (3,8%), região Norte e Centro-Oeste (4,1%), Rio Grande do Sul (3,7%), Paraná (4,2%) e Minas Gerais (2,7%). Na região Nordeste, os ramos que mais contribuíram para a expansão do emprego industrial foram alimentos e bebidas (5,6%), minerais não metálicos (8,9%) e vestuário (4,7%). Na região Norte e Centro-Oeste sobressaíram os setores de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (28,6%) e de produtos de metal (32,3%), enquanto na indústria gaúcha, destacaram-se positivamente alimentos e bebidas (8,5%), produtos de metal (15,6%), máquinas e equipamentos (7,8%) e meios de transporte (7,9%). Nas indústrias paranaense e mineira, os impactos mais relevantes vieram de alimentos e bebidas (7,9%), produtos de metal (20,6%) e meios de transporte (13,1%), no primeiro local, e de meios de transporte (7,7%) e produtos de metal (6,9%), no segundo.
Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os destaques ficaram com os ramos de meios de transporte (8,2%), produtos de metal (7,6%), alimentos e bebidas (2,4%), máquinas e equipamentos (5,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,6%), metalurgia básica (7,7%) e outros produtos da indústria de transformação (5,3%). Por outro lado, as pressões negativas mais importantes sobre o total da indústria neste mês ficaram com papel e gráfica (-8,5%), vestuário (-3,8%) e madeira (-7,6%).
No fechamento do primeiro trimestre do ano, o emprego industrial assinalou expansão de 2,6%, com treze locais e doze ramos ampliando o contingente de trabalhadores. Setorialmente, as contribuições positivas mais relevantes vieram de meios de transporte (8,3%), produtos de metal (8,3%), máquinas e equipamentos (6,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,9%), alimentos e bebidas (1,7%) e metalurgia básica (8,3%), enquanto papel e gráfica (-8,0%), vestuário (-2,8%) e madeira (-5,7%) exerceram os principais impactos negativos. No corte regional, os destaques positivos ficaram com São Paulo (1,5%), região Nordeste (3,0%), Minas Gerais (3,7%), região Norte e Centro-Oeste (4,4%), Rio Grande do Sul (3,6%), Paraná (3,1%) e Santa Catarina (2,7%). Por outro lado, Ceará, ao ficar estável frente ao primeiro trimestre do ano passado, foi o único local que não apontou crescimento no total do pessoal ocupado.
O emprego industrial mostrou crescimento de 2,6% no primeiro trimestre de 2011, após também registrar taxas positivas em todos os trimestres do ano passado (0,7%, 4,2%, 5,1% e 3,6%), todas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. O movimento de redução no ritmo das contratações entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano teve perfil disseminado, atingindo dezesseis setores e doze locais, com destaque para: fumo (de –5,8% para –14,9%), borracha e plástico (de 8,5% para 3,8%), calçados e couro (de 2,9% para –0,4%), máquinas e equipamentos (de 9,6% para 6,4%), madeira (de -2,8% para –5,7%) e metalurgia básica (de 11,0% para 8,3%), entre os ramos; e Espírito Santo (de 5,5% para 1,1%), Ceará (de 3,3% para 0,0%), Rio de Janeiro (de 6,3% para 3,0%), Pernambuco (de 5,3% para 2,3%) e Bahia (de 6,6% para 4,2%), entre as áreas investigadas.
Número de horas pagas é 0,3% menor que em fevereiro
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria em março de 2011 apontou variação negativa de 0,3% frente a fevereiro, na série livre de influências sazonais, após acumular ganho de 1,7% nos últimos quatro meses. Com isso, o índice de média móvel trimestral avançou 0,2% entre os trimestres encerrados em fevereiro e março e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em novembro último. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas cresceu 0,9% no primeiro trimestre do ano, após mostrar variação negativa de 0,2% no quarto trimestre de 2010.
O confronto com igual mês do ano anterior registrou aumento de 1,7% em março de 2011, décima quarta taxa positiva consecutiva, mas a menos intensa desde fevereiro de 2010 (1,7%). O indicador acumulado no primeiro trimestre do ano também ficou positivo (2,6%). A taxa anualizada, o índice acumulado nos últimos doze meses, mostrou crescimento de 4,3% em março, mas com ligeira redução no ritmo frente ao resultado de fevereiro (4,5%).
O número de horas pagas no setor industrial, segundo o índice mensal de março de 2011, assinalou crescimento de 1,7%, com treze dos quatorze locais e onze dos dezoito ramos pesquisados apontando taxas positivas. Em termos setoriais, as maiores influências positivas vieram de meios de transporte (7,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,9%), alimentos e bebidas (2,3%), produtos de metal (6,5%), máquinas e equipamentos (5,3%) e metalurgia básica (7,4%). Em sentido contrário, os ramos de papel e gráfica (-9,7%), vestuário (-3,9%) e madeira (-7,6%) exerceram as principais contribuições negativas de março.
Ainda na comparação com março de 2010, os locais com os maiores impactos positivos foram observados na região Norte e Centro-Oeste (4,7%), Minas Gerais (3,2%), região Nordeste (2,4%), Rio Grande do Sul (2,7%) e Paraná (2,9%). Na região Norte e Centro-Oeste, quatorze segmentos aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (37,3%), produtos de metal (38,6%) e minerais não metálicos (7,4%). Em Minas Gerais sobressaíram os aumentos registrados por meios de transporte (8,0%), borracha e plástico (21,0%) e indústrias extrativas (9,8%). Na região Nordeste e no Rio Grande do Sul, o total do número de horas pagas foi impulsionado principalmente pelo avanço observado no setor de alimentos e bebidas, com expansão de 6,4% no primeiro local, e de 9,3% no segundo. Já na indústria paranaense, os impactos positivos mais relevantes sobre o total global vieram de produtos de metal (25,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (24,3%) e alimentos e bebidas (3,0%).
O índice acumulado no primeiro trimestre de 2011 avançou 2,6%, com perfil generalizado de crescimento que atingiu treze das quatorze áreas e doze das dezoito atividades. Entre os locais, os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,4%), região Norte e Centro-Oeste (5,3%), Minas Gerais (4,1%), região Nordeste (2,1%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Paraná (3,2%), enquanto a única influência negativa foi observada no Ceará (-2,3%). No corte setorial, os principais aumentos no número de horas pagas ocorreram em meios de transporte (8,2%), produtos de metal (8,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,7%), máquinas e equipamentos (6,1%), alimentos e bebidas (1,5%), metalurgia básica (8,5%) e minerais não metálicos (5,1%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (-8,9%) e de vestuário (-3,1%).
Em bases trimestrais, após manter taxas positivas em todos os quatro trimestres de 2010 (1,8%, 5,2%, 5,6% e 3,8%), observou-se o quinto avanço consecutivo no número de horas pagas com a expansão de 2,6% assinalada no primeiro trimestre de 2011, todas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. A perda de dinamismo entre o quarto trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011 no número de horas pagas foi acompanhada por quinze setores e treze locais. Entre as atividades, as maiores perdas de ritmo entre os dois períodos foram registradas em máquinas e equipamentos, que passou de 11,9% para 6,1%, metalurgia básica (de 14,5% para 8,5%) e calçados e couro (de 1,8% para –1,3%), enquanto, entre os locais, Pernambuco (de 5,8% para 2,1%), Espírito Santo (de 6,9% para 3,4%), Rio de Janeiro (de 5,5% para 2,6%), Bahia (de 6,6% para 4,0%) e Santa Catarina (de 4,3% para 2,3%) foram os que mais desaceleraram entre os dois períodos.
Valor da folha de pagamento real cresce 0,5% em março
Em março de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente cresceu 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, terceira taxa positiva seguida, acumulando nesse período ganho de 6,6%. Com esses resultados, o índice de média móvel trimestral avançou 2,1% entre fevereiro e março, acelerando o ritmo frente aos dois últimos meses: 0,2% em janeiro e 0,9% em fevereiro. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real mostrou expansão de 3,3% no primeiro trimestre de 2011 e reverteu a queda de 1,5% observada no último trimestre do ano passado.
No confronto com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,9% em relação a março de 2010 e 6,7% no acumulado dos três primeiros meses do ano. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, apontou expansão de 7,6% em março de 2011, repetindo o crescimento observado em fevereiro. Vale destacar que esse resultado é o mais elevado desde abril de 2005 (7,7%).
No índice mensal, o valor da folha de pagamento real cresceu 5,9% em março de 2011, com taxas positivas em todos os quatorze locais pesquisados. A maior influência sobre o total nacional ficou com São Paulo (4,4%), impulsionado em grande parte pelo aumento na folha de pagamento real dos setores de meios de transporte (14,7%), de máquinas e equipamentos (9,7%) e de produtos químicos (11,3%). Vale citar também os impactos vindos de Minas Gerais (9,0%), explicado principalmente pelos resultados positivos dos ramos de metalurgia básica (22,5%), indústrias extrativas (19,7%) e meios de transporte (7,2%); Paraná (10,5%), por conta de meios de transporte (27,1%), alimentos e bebidas (18,8%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (30,8%); e região Nordeste (7,9%), apoiado na expansão de alimentos e bebidas (9,9%), meios de transporte (39,7%), por conta do pagamento de adiantamento do décimo terceiro salário e participação nos lucros, e produtos químicos (17,4%).
Setorialmente, ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito setores pesquisados, com destaque para meios de transporte (14,0%), máquinas e equipamentos (10,0%), alimentos e bebidas (4,9%), produtos químicos (9,0%) e metalurgia básica (12,9%). Por outro lado, o setor de papel e gráfica (-13,7%) foi o que assinalou a principal pressão negativa.
O índice acumulado no fechamento do primeiro trimestre do ano avançou 6,7%, com expansão do valor da folha de pagamento real em todos os locais investigados. Os maiores impactos sobre o total da indústria vieram de São Paulo (5,2%), Minas Gerais (12,2%), Rio de Janeiro (8,4%), Paraná (8,9%), Rio Grande do Sul (6,7%) e região Nordeste (5,5%). Nestes locais, as atividades que mais contribuíram para seus avanços foram, respectivamente, meios de transporte (11,2%) e máquinas e equipamentos (10,8%); meios de transporte (19,8%) e indústrias extrativas (18,8%); indústrias extrativas (10,4%) e meios de transporte (11,5%); meios de transporte (22,3%) e alimentos e bebidas (10,6%); máquinas e equipamentos (16,0%) e meios de transporte (11,9%); e alimentos e bebidas (5,0%), produtos químicos (8,7%) e meios de transporte (18,0%).
Em termos setoriais, no total do país, quatorze atividades aumentaram o valor da folha de pagamento real, com destaque para meios de transporte (12,7%), máquinas e equipamentos (12,3%), alimentos e bebidas (4,8%), produtos químicos (8,7%), produtos de metal (10,0%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,0%) e indústrias extrativas (7,5%), que exibiram as maiores contribuições positivas. Em sentido oposto, a influência negativa mais relevante sobre a média global foi observada em papel e gráfica (-8,1%).
Na análise trimestral, o valor da folha de pagamento real reduziu o ritmo de crescimento na passagem do quarto trimestre de 2010 (7,9%) para o primeiro trimestre de 2011 (6,7%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esta perda de dinamismo foi observada em treze dos dezoito ramos e em onze dos quatorze locais pesquisados. Entre os setores, sobressaíram as reduções vindas de papel e gráfica, cujo resultado passou de –1,1% para -8,1%, indústrias extrativas (de 18,3% para 7,5%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 12,5% para 8,0%) e borracha e plástico (de 10,8% para 6,4%), enquanto Pernambuco (de 13,9% para 8,6%), Ceará (de 8,5% para 3,4%) e Rio Grande do Sul (de 11,3% para 6,7%) apontaram as principais reduções entre os locais.
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* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.. Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.
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