Economia

Índice de Preços ao Produtor – Fonte IBGE – Base: Outubro de 2011

Em outubro, Índice de Preços ao Produtor (IPP) fica em 0,85%

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve variação de 0,85% em outubro, resultado inferior à taxa observada em setembro (1,23%). Ao comparar o mês
atual contra o mesmo mês do ano anterior (acumulado em 12 meses), os preços variaram 4,77% em outubro e 4,91% em setembro. Já a variação acumulada em
2011 foi de 2,86% em outubro e 1,99% em setembro.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, de 23 setores da indústria de transformação.

17 das 23 atividades tiveram variação positiva

Em outubro de 2011, 17 das 23 atividades apresentaram variações positivas de preços, contra mesma quantidade do mês anterior. As quatro maiores
variações observadas em outubro, em relação a setembro, se deram entre os produtos compreendidos nas seguintes atividades industriais: bebidas (3,62%),
produtos de metal (3,46%), outros produtos químicos (2,74%) e papel e celulose (-2,12%). Os itens de maior influência foram outros produtos químicos
(0,30 p.p.), alimentos (0,16 p.p.), veículos automotores (0,11 p.p.) e produtos de metal (0,10 p.p.).

O indicador acumulado no ano (outubro de 2011 contra dezembro de 2010) atingiu 2,86%, contra 1,99% em setembro/11. Entre as atividades que, em
outubro/2011, tiveram as maiores variações percentuais na perspectiva deste indicador sobressaíram:calçados e artigos de couro(14,70%), equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,15%), outros produtos químicos (10,28%) e borracha e plástico (8,63%). Neste indicador, os setores de
maior influência foram: outros produtos químicos (1,05 p.p.), alimentos(0,72 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool(0,49 p.p.) e equipamentos
de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-0,40 p.p.).

Ao comparar outubro de 2011 com outubro de 2010 (acumulado em 12 meses), a variação de preços ocorrida foi de 4,77%, contra 4,91% em setembro. As
quatro maiores variações de preços ocorreram em calçados e artigos de couro (16,64%), outros produtos químicos (13,84%), bebidas (11,71%) e
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,67%). As principais influências para este indicador vieram de alimentos (1,85 p.p.),
outros produtos químicos (1,40 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,71 p.p.) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
(-0,43 p.p.).

Os preços dos alimentos variaram positivamente, em outubro, em 0,85% quando comparados a setembro. Com variações positivas observadas desde julho/2011,
a de outubro é a menor delas. Com a observação de outubro, os preços do setor acumulam 3,82% de variação positiva no ano. Na comparação com o mesmo do
ano anterior, a variação foi de 10,29%. Na comparação com setembro, os quatro produtos com maior influência no resultado somaram 0,95 p.p. (em 0,85%).
Com exceção de produtos embutidos ou de salamaria de suino, integrado ao abate, com variação positiva de destaque, mas sem influência no indicador (em
seu lugar aparece, com influência negativa, resíduos da extração de soja), os outros aparecem tanto como variação quanto como influência, ambas
positivas. O aumento observado nas carnes segue em linha com o aumento do preço do boi gordo observado no período. Já no caso de sucos concentrados de
laranja, o aumento do preço no mercado externo é a principal justificativa. Até outubro, os preços acumulados do setor variaram em 3,82% contra 2,95%
acumulado até setembro. O cenário é diferente do ocorrido no mesmo mês do ano passado, quando, em outubro, o setor havia acumulado aumento de 14,12%.
Neste indicador, os produtos que se destacaram por variações dos preços não são os mesmos na perspectiva da influência. Vale observar que manteiga de
cacau (variação) e resíduos da extração de soja (influência) aparecem por conta de variações negativas, entre produtos destacados por variações
positivas no acumulado do ano. Por fim, na comparação com o mesmo mês do ano passado, observa-se uma variação de 10,29%, a menor da série, que se
iniciou em dezembro de 2010. Os produtos com variações destacadas não são os mesmos que aparecem com maiores influências neste indicador. No caso da
influência, estão listados sucos concentrados de laranja, açúcar cristal, carnes de bovinos congeladas e óleo de soja refinado.

Neste mês, em comparação com o mês anterior, a variação de preços dos calçados e produtos de couro foi praticamente nula (0,00%), com o que os valores
acumulados até outubro repetem os de setembro (14,70%). Já em relação a outubro de 2010, os preços de outubro de 2011 variaram em 16,64%.

O setor de refino de petróleo e produtos de álcool registrou variação positiva de 0,79% em outubro com relação a setembro de 2011, intensificando a
registrada em setembro com relação a agosto, que havia sido de 0,19%. O indicador do mês de setembro progride na trajetória ascendente do acumulado do
ano, registrando 4,57% de janeiro a outubro, maior valor acumulado desde abril de 2011, quando o índice do ano se encontrava em 6,13%. Nos últimos doze
meses, a elevação de outubro de 2010 a outubro de 2011 foi de 6,53%, contra 6,30% de setembro de 2010 a setembro de 2011. Do ponto de vista da
influência mensal dos principais produtos do setor, os quatros produtos em destaque vêm do refino de petróleo: naftas, gasolina automotiva, querosene
de aviação e óleo diesel e outros óleos combustíveis. Os quatro representaram 0,71 p.p., de 0,79% registrados em outubro com relação a setembro. Vale
dizer que gasolina automotiva foi o único dos quatro produtos a registrar influência negativa no mesmo indicador. Tanto no indicador acumulado do ano,
quanto nos últimos dozes meses, dos quatro produtos em destaque, três deles – nafta, querosene de aviação e álcool etílico – somaram influências
positivas no índice geral do setor. Por outro lado, quando se trata do indicador acumulado do ano, a gasolina automotiva registrou influência negativa.
Na comparação de outubro de 2011 com outubro de 2010, os óleos lubrificantes básicos aparecem influenciando positivamente o indicador do setor.

A atividade de fabricação de outros produtos químicos apresentou variação de 2,74% no nível de preços de outubro deste ano, quando comparado com
setembro de 2011. Este resultado representa o segundo mês consecutivo de elevação no nível de preços (o mês anterior havia registrado 2,46%) depois de
variações negativas de 2,00% em agosto e de 2,09% em julho. No ano, o setor acumula alta de 10,28%, a segunda maior de todos os 23 setores pesquisados,
assim como na comparação de outubro 2011 com outubro 2010, cuja variação foi de 13,84%. Neste setor, dos quatro produtos que se destacam pela
influência na comparação com setembro, dois estão ligados à indústria petroquímica: o etileno (eteno) não-saturado, que registra movimento ascendente,
e o propeno (propileno) não saturado, que registra variação negativa. Os adubos ou fertilizantes à base de NPK também se destacaram com sinal positivo.
O amoníaco fecha a lista de destaques do índice de outubro em relação a setembro, também com variação positiva. No total, os quatro produtos somados
representam 1,45 p.p. de 2,74% do índice do setor. Para os demais indicadores, a alta do final de 2010 e início de 2011 de produtos ligados à cadeia do
petróleo sustentam os preços do propeno e polipropileno entre os destaques, tanto do acumulado do ano quanto na comparação de outubro 2011/outubro
2010, junto com os adubos ou fertilizantes à base de NPK, todos com influência positiva. Por outro lado, enquanto borracha de estireno-butadieno se
destaca, positivamente, no acumulado do ano, ureia é destaque no indicador outubro 2011/outubro 2010.

Em outubro de 2011, os preços da atividade de produção de borracha e plástico apresentaram variação positiva de 0,09% na comparação com o mês anterior.
No acumulado do ano, a variação foi positiva de 8,63%, maior que a registrada no mês anterior (8,54%). No acumulado em 12 meses, o setor apresentou
variação positiva de 8,33%, menor que a verificada em setembro (8,61%). Na perspectiva da comparação com setembro, os quatro principais produtos que
têm influência no indicador (dois de plástico, artigos de plástico para uso doméstico e frascos e embalagens de material plástico, inclusive PET, e
dois de borracha, pneumáticos novos para automóveis e utilitários e pneumáticos novos para caminhões e ônibus) representam 0,05 p.p. em 0,09%.

Em outubro, os preços dos produtos do setor de produtos de metal variaram em 3,46%, maior variação positiva da série. Com isso, as variações acumuladas
no ano saíram de -6,47% (setembro) para -3,24% (outubro). Na comparação com outubro de 2010, os preços em outubro de 2011 tiveram variação negativa de
1,74%. Das quatro principais variações de preços na comparação com setembro, apenas uma foi negativa, justamente do produto (botijões e recipientes
para transporte e armazenagem de gás) que não desponta entre os de maiores influências. De todo modo, as quatro maiores influências somaram 3,41 p.p.,
na variação de 3,46%, devendo-se salientar que o aumento nos preços de latas de alumínio para embalagem, produto com maior ponderação no cálculo do
índice e em linha com a chegada do verão, se destaca entre as variações positivas do mês.

A produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos registrou variação positiva de preços de 0,47% em outubro com relação a
setembro, a primeira variação positiva desde março. Já no acumulado do ano, a atividade registra uma variação negativa de 11,15%. Com relação aos
últimos doze meses, o indicador acumula uma variação negativa de 11,67%. Neste mês, impressoras, inclusive multifuncionais; televisores; e gravador ou
reprodutor de sinais de áudio e vídeo apresentaram variações positivas, enquanto que PC desktops apresentou variação negativa. Em termos de influência,
na comparação com setembro, os quatro produtos de destaque televisores, PC desktops, impressoras, inclusive multifuncionais e rádios receptores para
qualquer uso, mesmo combinados com outros aparelhos foram responsáveis por 0,37 p.p. no índice de 0,47%.

Em outubro de 2011, os preços da produção de veículos automotores apresentaram variação positiva de 0,97% na comparação com setembro. No acumulado do
ano, a variação foi positiva de 1,84% (maior que a registrada no mês anterior, de 0,86%). No acumulado em 12 meses, o setor apresentou variação
positiva de 1,48%. A variação de preços em outubro foi a maior registrada na série, com o que, pela primeira vez, o setor mostra-se entre as quatro
maiores influências no indicador da indústria de transformação (respondendo por 0,11 p.p. em 0,85%). Automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou
bicombustível, de qualquer potência, caixas de marcha para veículos automotores, peças para motor de veículos automotores e veículos para mercadorias a
gasolina ou álcool capacidade menor de 5t são os produtos com maior influência no cálculo do indicador M/M-1, somando 0,94 p.p. em 0,97%. Todos, com
exceção de caixas de marcha para veículos automotores, tiveram variação positiva de preços.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela
UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de
Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos, na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás –
Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul..
Site: http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini* Ricardo Bergamini, Economista, formado em 1974 pela Faculdade Candido Mendes no Rio de
Janeiro, com cursos de extensão em Engenharia Econômica pela UFRJ, no período de 1974/1976, e MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/RJ, no período
de1988/1989. Membro da área internacional do Lloyds Bank (Rio de Janeiro e Citibank (Nova York e Rio de Janeiro). Exerceu diversos cargos executivos,
na área financeira em empresas como Cosigua – Nuclebrás – Multifrabril – IESA Desde de 1996 reside em Florianópolis onde atua como consultor de
empresas e palestrante, assessorando empresas da região sul.

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Como citar e referenciar este artigo:
BERGAMINI, Ricardo. Índice de Preços ao Produtor – Fonte IBGE – Base: Outubro de 2011. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2011. Disponível em: https://investidura.com.br/artigos/economia/indice-de-precos-ao-produtor-fonte-ibge-base-outubro-de-2011/ Acesso em: 17 out. 2025
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