Edição nº 6 – Ano I
Meus filhos me defendam! Quantos milênios ainda serão necessários para que tu, homem, oh! Homem de Deus se conscientize que sou tua mãe verdadeira e tudo lhe dou, sem nada pedir? Por que insiste em me maltratar, me destruir e me machucar? Olhe para o céu a noite e veja: “são milhões de estrelas lá colocadas por Deus para enfeitar a tua visão e te iluminar”. Mas, com todos os recursos disponíveis, você insiste em me destruir. Por que és tão maldoso? Uma verdadeira mãe ama todos os filhos igualmente. Por que não age como as crianças? Por que não me amas?
Todos os dias choro por ti humano, devido as atitudes ingênuas e criminosas, veja, por exemplo: joga lixo nos rios e contamina as águas que te alimenta; polui o ar que o faz viver; destrói as florestas e insiste em me aquecer, esquecendo-se e não percebendo que eu terra, não preciso ser aquecida, pois aumenta a minha temperatura. Mas, ao contrário, eu é que tenho a missão de aquecer os humanos e a mim mesma, naturalmente.
Quando puderes humano maldoso, veja que tua mãe constitui-se num lindo planeta azul e com imensos recursos, mas que se esgotam, dia a dia e devem ser utilizados com responsabilidade. A tua ganância, o acúmulo de riquezas e o espírito materialista, estão levando vocês terráqueos a destruição.
Plante árvores na minha superfície, mande limpar os rios, riachos e lagos. Modifique a tua atitude e deixe de produzir garrafas e sacos de plásticos, implante usinas de reciclagem de lixo, ensine todas as crianças para que tenham um novo comportamento e puna os adultos egoístas que dão péssimos exemplos. As atitudes humanas de maldade comigo, me corrói e me machuca muito. Compreendo a generosidade de muitos, mas são poucos ainda aqueles que têm consciência e querem me salvar. Sabe humano o que realmente desejo? É apontar caminhos em outros planetas e em outras galáxias, abrindo para o alto os efeitos cósmicos que te iluminarão para defender a vida, não a minha, mas de todos os meus filhos.
Não espere mais e hoje mesmo conscientize-se que tenho muito para dar em recursos naturais, em água, em fauna, em flora e em oxigênio. Mas, aos poucos, tudo vai diminuindo se não for utilizado com responsabilidade. Aprenda a reutilizar tudo, faça reciclagens, mas não me maltrate, pois já não agüento mais tantos sofrimentos.
Saiba que amanhã teus filhos e netos poderão sofrer as conseqüências de tantas irresponsabilidades e poderão não ter água potável, alimentos e oxigênio suficiente para sobreviver. Filho meu! Enxugue as minhas lágrimas, pois todos os dias choro por você e continuo tolerando as tuas ganâncias, ignorância e loucuras. Às vezes sinalizo e aponto caminhos, mas os humanos não percebem. Quando vêm os terremotos, vendavais e furacões são sinais de destruição. Pertenço a todos os seis bilhões de terráqueos e todos são meus filhos amados. Mas, o que verdadeiramente não quero mais, são guerras, revoluções e testes com bombas e mísseis. Tudo me destrói aos poucos.
Acaso está pensando em imigrar para outros planetas em outras galáxias? Então vá, mas não me destruas, pois outros povos virão de algum lugar do cósmico habitar aqui e me amar mais do que tu me amas.
Como mãe, dou um conselho a todos: Haja o que houver, aconteça o que acontecer, estarei sempre esperando por ti abençoado filho de Deus, pois tua alma não te pertence, mas é de Deus e do Cósmico.
Tu és parte do universo e tens o direito de estar aqui como as árvores e as estrelas. Tu és como um grãozinho de areia na imensidão de uma praia. Tudo está à disposição de todos os seres humanos, mas não seja egoísta de querer tudo para si. Lembre-se dos teus irmãos que também têm tantos direitos quantos você. E então, já pensou! Vai insistir na minha destruição? Mesmo assim te amo e te perdôo. E desejo que todos os seres sejam felizes, que todos os seres sejam ditosos e que todos os seres que habitam o planeta estejam em paz.
(Assinado) Planeta terra a mãe de todos os seres.
* Olavo A. Arruda D´Câmara