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Vaidade, ah! A Vaidade…

Divido com vocês um artigo antigo, mas percebo-o muito atual e relevante, com algumas adaptações atuais:

O que seria da vaidade se não fosse quem a cultiva?

Já pensaste nisto? E nas consequências da vaidade?

Temos inúmeros exemplos no universo empresarial da vaidade. São gerentes querendo pisotear funcionários, sócios mal educados e ríspidos, pessoas promovidas pela beleza física e por aí vai.

Tudo vaidade.

Tudo porque o ser humano que assim vive ainda está incompleto na sua essência.

Tudo porque o ser humano que assim procede está sendo decadente em sua existência.

Diz que vaidade no Hebraico significa sopro/vapor que se dissipa no ar.

Nada mais justo, não é?

A vaidade é algo que sequer tem possibilidade de existir por muito tempo, é como o sopro que vai para o ar, com suas partículas gasosas desalinhadas e sem força de coesão entre si, ou seja, se esvai pela falta de conteúdo e energia.

Como identificamos a vaidade no universo empresarial?

Modificando a pergunta acima. Se procuras a vaidade, encontrarás a mesma no individuo. Vaidade é pessoal, não é coletivo.

Por óbvio, não discorro aqui sobre a vaidade no âmbito de autoestima do ser humano, onde ser vaidoso, bem arrumado, asseado e cortês é tudo de bom para si e para os outros.

Aqui, estamos abordando a vaidade com deficiência de maturidade emocional. A vaidade que as pessoas tem, usam e quando estão com poder na mão, sai de baixo! Querem apenas viver neste sopro de pseudo poder.

Identificar este tipo de vaidade nas pessoas que convivemos parece simples, mas não é.

Aqueles que usam a vaidade como arma, são sorrateiros, fazem sem muito alarde e somente são cruéis quando lhes convém.

Os vaidosos comuns identificamos com um olhar ou 5 minutos de conversa.

Assim como na imagem deste post, o vaidoso pensa que é rei, mas está acorrentado ao espelho que justifica sua falta de valores interiores.

Você pensa e analisa seus valores? Sua forma de pensar?

Ou apenas defende sua opinião da mesma forma porque sempre foi assim?

Permita-se ser diferente.

Permita-se pensar e criticar seus próprios procedimentos.

Permita-se viver conforme novas regras e percepções.

Somente sua própria análise poderá conceber se a sua vida é um espelho ou a realidade plena.

E o que fazer com os que são vaidosos e não sabem/querem mudar?

Duas atitudes, ao meu ver. Uma ser tolerante. Outra, ser verdadeiro com a pessoa.

Ser tolerante não significa ser conivente. Ser tolerante significa agir conforme a sua própria consciência e não deixar que a vaidade de outra pessoa seja um problema para a sua pessoa. Lembre-se que somente posso me deixar incomodar por situações alheias a mim mesmo, se eu permitir.

Seja dono do seu templo interior. Seja tolerante.

Neste sentido, um ensinamento valioso de Oscar Wilde:

Influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma. O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. As suas virtudes não lhe são naturais. Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. Torna-se o eco de uma música alheia, o ator de um papel que não foi escrito para ele. O objectivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo. Hoje em dia as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram o maior de todos os deveres, o dever para consigo mesmos. É verdade que são caridosas. Alimentam os esfomeados e vestem os pobres. Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas. A coragem desapareceu da nossa raça e se calhar nunca a tivemos realmente. O temor à sociedade, que é a base da moral, e o temor a Deus, que é o segredo da religião, são as duas coisas que nos governam.

(em O Retrato de Dorian Gray)

Oscar Wilde

Igualmente, devemos ser verdadeiros e sinceros. Não precisamos ser rudes e sair dizendo isto ou aquilo. Usando a tolerância, demonstramos em atitudes de tolerar, reagir com parcimônia, dizer com tranquilidade e expor pontos de vista que a pessoa está sendo intransigente, egoísta e, portanto, vaidosa.

Nada adianta nos preocuparmos com planejamento, orçamento, tecnologia, gestão e tudo mais, se a principal força motriz da empresa estiver avariada: As pessoas.

Cuide do seu plantel de seres humanos ativos em produção e energia dentro da sua corporação. O sucesso vem justamente destas atitudes próativas.

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Article write by Gustavo Rocha

GestãoAdvBr CEO – Consultancy on the Strategic Management and Technology

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Como citar e referenciar este artigo:
ROCHA, Gustavo. Vaidade, ah! A Vaidade…. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2014. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/gestao-tecnologia-e-qualidade-para-o-direito/vaidade-ah-a-vaidade/ Acesso em: 08 set. 2024