Você sabe quanto custa o processo judicial que enfrenta a sua empresa?
Não estamos discorrendo apenas de custas, honorários, etc, vamos falar mais: O preço dele para a sua marca, o valor dele no contexto de um acordo, o tempo e pessoas envolvidas.
Sobre custas, honorários, etc uma recente pesquisa nos demonstrou de forma eficiente:
“As empresas brasileiras estão presentes em 83% das ações judiciais que tramitam no país e gastam muito para se defender, entrar ou manter processos no Judiciário. O comprometimento de suas finanças chega a quase 2% do que faturam em um ano. Percentual que, em 2012, representou R$ 110,96 bilhões. Em volume, o maior número de ações envolve as discussões com consumidores, mas as maiores brigas em valores, referem-se ao pagamento de tributos federais.”
“Os dados, inéditos, estão no estudo “Custo das empresas para litigar judicialmente” que busca, como o nome indica, qualificar e quantificar e o quanto as companhias brasileiras despendem anualmente em questões levadas ao Judiciário.”
“O levantamento – realizado pelos advogados Gilberto Luiz do Amaral, Cristiano Lisboa Yazbek e Letícia Mary Fernandes do Amaral, do escritório Amaral, Yazbek Advogados – foi desenvolvido a partir da análise das demonstrações financeiras de 7.485 empresas, de 21.647 processos judiciais, da arrecadação tributária de 2012, do relatório Justiça em Números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do faturamento das empresas por CNAE do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).”
“Em 2012, conforme a pesquisa, existiam 74, 38 milhões de ações na Justiça das quais as empresas faziam parte – como autoras ou rés. As grandes companhias estavam presentes em 53,4% delas e o gasto de manutenção desses processos correspondeu a 1,67% do faturamento. O número médio de ações por empresas desse porte foi de 186. Já as médias responderam por 23,8% dos processos e comprometeram 1,89% de seu faturamento e as pequenas participaram de 22,80% das ações e gastaram o equivalente a 1,43% do que ganharam em 2012.”
“As custas [judiciais e extrajudiciais] representaram R$ 23 bilhões. Já os gastos com advogados chegou a quase R$ 17 bilhões. Perícias (R$ 2,1 bi), viagens e hospedagens (R$ 529 milhões), valores usados com pessoal e sistemas de controle (R$ 2 bilhões) também entraram nessa conta. O maior montante, porém, foi pago pelas empresas condenadas em processos finalizados em 2012. A conta com multas, encargos legais e indenizações (como danos morais) correspondeu a R$ 65 bilhões naquele ano.”
Fonte: http://vejamos.com.br/gasto-de-empresas-com-processos-chega-a-r-110-bi/
Agora, além de números e estatísticas, temos a realidade crua e nua: Um processo judicial deve existir se for realmente necessário.
Já presenciei processos que o valor da causa eram de algo tipo R$ 200,00 mais danos morais que no final do processo se pagou uma condenação de R$ 1.500,00 (com acordo teria sido menor) e se pagar aos advogados terceirizados para cuidar do processo mais de R$ 3.000,00.
Qual a lógica? Cadê o bom senso?
E não se diga que pagam muito aos terceirizados, pois não é a verdade em grande parte dos casos.
Quando temos uma situação desta, achamos injusto, ficamos estarrecidos, contudo, o papel do gestor do departamento jurídico não é apenas de terceirizar os processos, é de analisar, controlar e compreender que cada processo é único e regras gerais contém falhas.
A análise de cada processo, com categorização de indicadores através de um sistema, pode previnir este tipo de situação.
Entretanto, tal análise é feita por um ser humano, que para fazer uma análise óbvia como esta precisa ser treinado, alertado e conhecer a realidade da empresa e o básico de maior e menor da matemática.
Pessoas! Não basta lhes atribuir funções, tem que se ensinar até mesmo os valores fundamentais da 2 série do primário. Uma realidade dura e verdadeira de muitas empresas.
Porém, não apenas de pessoas que analisam de qualquer jeito está montado o erro, afinal, sem treinamento adequado e investimento no material humano, qualquer empresa está fadada ao infortúnio.
Em síntese:
Treine pessoas para conhecer mais do que apenas processos internos, treine pessoas para pensar na empresa como se elas fossem pagar a conta. Assim, elas verão processos judiciais não como um número sem fim, mas como algo que precisa ser pensado, analisado, maturado para quando repassado a um terceirizado, este possa ter alçada para acordos e soluções de processos e não apenas um amontuado de recursos e processos que nunca terminam.
Como diria Chaplin: Vós não sois máquina! Homem é que sois!
E neste sentido devemos agir: Como homens, pensadores, críticos da realidade e não como máquinas que apenas reproduzem números e acham que estes números são a única verdade.
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Article by Gustavo Rocha
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