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Crônica de um carro velho

Sabe, eu já fui um carro novo, hoje sou um carro considerado velho.

Há 40 anos atrás, eu era um sucesso.

Arredondado, com prateado no meio e nos acessórios, todos queriam andar comigo.

Era potente, podia ter 1500 cilindradas e fazia um barulho que todos sabiam quem eu era e onde estava passando.

Era o desejo dos homens e mulheres e bastava me ter, que o sucesso era garantido.

Eu era um Fusca, 1500, do ano de 1974.

Os anos passaram e com eles vieram todas as emoções, corridas, fizeram até um filme dedicado a meus antecessores e para mim. Eu era a sensação até no cinema. E no cinema, tive refilmagens até 2006, não é mole, mais de 30 anos no cinema.

Mas, como tudo na vida, tive meus momentos altos e também meus momentos baixos.

Pararam de me fabricar, tive dificuldade de conseguir peças e por pouco não parei num ferro velho.

Tantas emoções, já diria o Roberto…

Mas, aqui estou, vivo, forte, andando e fazendo a alegria do meu dono, que agora me chama de carro de colecionador… Não entendi direito, pois ele somente tem a mim e me diz que sou de coleção, mas coleção de um carro só?

Bem, esta é a minha história. Quer linda, emotiva, triste ou abençoada, assim sou, um fusca 1500 de 1974.

E você?

Já tem 40 anos como eu?

E como passou estes 40 anos?

Cuidou de si? Pensou na sua vida, no seu negócio, na sua estrada?

Você hoje é alguém digno de colecionador ou ferro velho?

E na sua carreira, você anda trocando as peças, o óleo, os pneus e continua rodando ou resolveu se estagnar e apodrecer no ferro velho?

O mesmo vale para a sua forma de pensar, evoluir, raciocinar e crescer diante das adversidades da vida.

Não tá fácil pra ninguém… Eu fiquei esperando peças, tive que montar vários clubes de carros para poder sobreviver num mercado de Japoneses e Sul Coreanos. Contudo, até hoje, mais de 40 anos depois do primeiro, ainda sou exemplo de persistência.

Assim como tinha o primeiro sutiã, eu era o primeiro carro…

E você, é primeiro no quê?

Para continuar na memória, eu me reinventei… Em 1996 depois do Itamar tentar me ressuscitar como o modelo antigo alguns anos antes, eu me aperfeiçoei e em 1998 apareci como o New Beetle, com design arrojado e ainda muito cobiçado no mercado até hoje.

E aí pergunto: E você, tem se reinventado em que para continuar no mercado?

A crônica até pode ser de um carro velho, mas cheio de história, altos e baixos e um final que ainda não acabou, pois como fênix ainda possuo modelo atualizado e muitas versões minhas de colecionador para contar como era andar com apenas um martelo e cabo de aço para arrumar qualquer defeito…

E você, tem o quê para contar na sua história?

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Artigo escrito por Gustavo Rocha

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Como citar e referenciar este artigo:
ROCHA, Gustavo. Crônica de um carro velho. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2014. Disponível em: https://investidura.com.br/colunas/gestao-tecnologia-e-qualidade-para-o-direito/cronica-de-um-carro-velho/ Acesso em: 03 out. 2024