Vislumbramos as pessoas cada vez mais preocupadas em discursar sobre o que é certo, o que é errado, em dizer o como fazer, em querer encher a boca para dar exemplos de como é o certo e o errado.
Todos querem ter razão, poucos se preocupam em ser a própria razão.
A grande maioria quer dizer o como fazer e não quer fazer no formato de como diz que deverá ser feito.
Palavras, palavras… E os atos, onde ficam?
Exupéry tem uma bela reflexão sobre este tema:
Os Actos Valem mais que as Palavras
Nenhuma explicação verbal poderá alguma vez substituir a contemplação. A unidade do Ser não é transmissível pelas palavras. Se eu quisesse ensinar a homens, cuja civilização o desconhecesse, o que é o amor a uma pátria ou a uma quinta, não disporia de argumento algum para os convencer. São os campos, as pastagens e o gado que constituem uma quinta. Todos e cada um deles têm como missão produzir riqueza. No entanto, há alguma coisa na quinta que escapa à análise dos seus componentes, pois existem proprietários que, por amor à sua quinta, se arruinariam para a salvar. Pelo contrário, é essa «alguma coisa» que enriquece com uma qualidade particular os componentes. Estes tornam-se gado de uma quinta, prados de uma quinta, campos de uma quinta…
Assim se passa a ser homem de uma pátria, de um ofício, de uma civilização, de uma religião. Mas, para que alguém se reclame de tais Seres, convém, antes de mais, fundá-los em si próprio. E, se não existir o sentimento da pátria, nenhuma linguagem o transmitirá. O Ser de que nos reinvindicamos não o fundamos em nós senão por actos. Um Ser não pertence ao domínio da linguagem, mas dos actos. O nosso Humanismo desprezou os actos. Fracassou na sua tentativa.
Antoine de Saint-Exupéry, in ‘Piloto de Guerra’
E como vão os atos do dia a dia?
Dizemos aos funcionários que tudo vai mudar… Algo muda?
Dizemos aos funcionários que pessoas irão ficar/sair… Algo muda?
Dizemos aos funcionários que melhorarão as condições… Algo muda?
Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo, já disse Ghandi.
Nossos atos devem refletir nosso pensar. E o nosso pensar deve levar aos nossos atos.
Contudo, sem atos, palavras são vazias.
Atos ou palavras?
Atos reforçados por palavras, este é o caminho.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
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