Uma investigação conjunta do Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA), Polícia Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Receita Federal resultou, nesta quarta-feira, 27 de agosto, na deflagração da Operação Castanheira, destinada a desarticular organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso, região sudoeste do Pará.
A quadrilha agia invadindo terras públicas (dentre elas, a Floresta Nacional do Jamanxim), promovendo desmatamento e queimadas para formação de pastos. Posteriormente a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas. O dano ambiental, já comprovado por perícias, ultrapassa R$ 500 milhões.
Estão sendo cumpridos na operação 22 mandados de busca e apreensão, 11 de prisões preventivas, 3 prisões temporárias e 4 conduções coercitivas. Além de Novo Progresso/PA, diligências estão sendo realizadas também em cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
Os envolvidos são considerados os maiores desmatadores da amazônia brasileira atualmente e deverão ser indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, furto, sonegação fiscal, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar os 50 anos de reclusão aos condenados.
Participam da ação de hoje 96 policiais federais e 19 servidores do Ibama. O nome da operação é uma alusão à árvore castanheira que é protegida por lei e símbolo da Amazônia, abundante na região de Novo Progresso.
Entrevista coletiva, com participação de todos os órgãos envolvidos na investigação, será concedida à imprensa, às 17h, na Superintendência da Polícia Federal do Pará, localizada na Avenida Almirante Barroso, nº 4466, Souza, Belém/PA.
Ministério Público Federal no Pará
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Fonte: MPF