Recentemente uma
reportagem nos EUA demonstrou que cresce o número de extorsões a adolescentes
via redes sociais. Destaco uma parte da notícia:
O pesadelo começou com
uma brincadeira: três adolescentes visitavam um site de com videochat e cederam
ao pedido de mostrarem rapidamente os seios em frente à webcam. Uma semana
depois, uma das garotas, moradora do Estado de Indiana, com 17 anos, começou a
receber e-mails com ameaças de um desconhecido. Ele dizia que havia capturado a
imagem dela na webcam e a exporia no MySpace a menos que ela posasse para mais
fotos e vídeos explícitos. E pelo menos duas vezes ela obedeceu, com medo do
que o sujeito pudesse fazer.
Finalmente, a polícia e
as autoridades federais foram envolvidas no caso e, em junho deste ano,
acusaram formalmente um rapaz de 19 anos, do Estado de Maryland, por casos de
exploração sexual. Casos como este têm acontecido com frequência cada vez maior
nos Estados Unidos, onde já se cunhou inclusive o termo “sextorsion”, ou
sextorsão, em tradução livre, em referência a estas extorsões sexuais
praticadas via internet.
Leia na íntegra aqui.
Além da questão do
crime, temos outros dois fatores que devemos refletir deste episódio: A questão
social formada e a consciência coletiva que estamos desenvolvendo para o
futuro.
Quem poderia imaginar há
anos atrás uma adolescente mostrar os seios numa câmera por simples diversão?
Não estou fazendo o julgamento do certo ou do errado, mas sim do fato em si.
Estamos vivenciando uma
sociedade nova, sem qualquer paradigma com o passado. As redes sociais tem tido
um papel importante neste contexto. Seja para o bem, seja para o mal.
Devemos perceber que as
redes sociais são um instrumento de interatividade imprescindível aos jovens
atualmente. Muitos sequer usam o email, preferem twitter e facebook.
Esta mudança social deve
ser analisada por nós que estamos no mercado com muita atenção, pois reflete as
tendência de mercado de médio e longo prazo.
Daqui alguns anos não se
imagina as pessoas sem redes sociais, como em 1995 não imaginávamos alguém com
internet, afinal pouquíssimos tinham.
Observem que estamos
falando de apenas 15 anos (1995 – 2010). Como serão as tendências daqui a 15
anos? Ou melhor, daqui a 5 anos?
Sim, daqui a 5 anos.
Diferente de 1995, agora a informação e as culturas sociais tem mudado de
maneira muito rápida.
Se a sua marca não
estiver hoje preparada para debater na internet, ofertar produtos e serviços e
principalmente vivenciar esta mudança do mercado, ela não está preparada para
os próximos 15 anos.
Esta mudança social nos
remete a segunda questão: Consciência coletiva.
Ao mudarmos tão forte e
rapidamente nossos valores culturais, estamos formando pessoas cada vez com
diversidades de pensamento, informação e cultura. Em Outubro de 2009 já havia
analisado esta questão, quando escrevi sobre as Redes Sociais e o Feudalismo(leia aqui).
Estamos vivenciando uma
era de formação de verdadeiros feudos, ou seja, segregações por diferentes
culturas, ou tribos como hoje se fala.
Antes ( e não me refiro
a isto com saudosismo, mas como constatação), tínhamos uma cultura e
consciência coletiva do que era certo ou errado muito próxima em toda a
sociedade. Hoje, cada um ou cada tribo está formando sua própria consciência
coletiva.
O que isto significa em
termos de mercado?
Que cada vez mais
precisamos estar dentro de várias tribos, conhecer seus interesses e
identificarmos nossa marca com algumas delas, para que a marca seja valorizada.
Estamos vivenciando uma
época singular da história humana social.
Analise, critique, pense
a respeito e principalmente aja.
Sua atitude hoje pode e
será a solução do seu negócio e clientes amanhã.
Escrito por Gustavo Rocha, diretor da Consultoria GestãoAdvBr