Em termos de mídias eletrônicas, costumo afirmar que existem tendências. O certo e errado depende do tempo e do espaço, bem como do contexto que está inserido.
Blogar, quer dizer, escrever dentro de um blog é uma aventura que rende muitos frutos.
Uma aventura, pois escrever com regularidade não é fácil e manter um contexto de identidade com o próprio negócio, mais difícil ainda.
Não cair na tentação de escrever sobre política, religião e o que acontece ao nosso redor é um desafio diário.
Rende frutos, pois as ideias colocadas na internet podem mostrar para o mundo quem sois, o que fazes, etc.
Alguns escritórios tem se aventurado em criar blogs para divulgar seus artigos e ideias.
Um acerto ao meu ver. Devemos estar conectados a nossos clientes em todos os ambientes possíveis.
Uma consultor americano lançou um debate pertinente: O blog deve ser do escritório ou do advogado?
Segundo ele, por razões que veremos em breve, compensa mais ao marketing que o blog seja do advogado e não do escritório.
Já ao meu ver, penso que não: O blog deve ser do escritório, e as redes sociais do advogado.
Vamos ver os argumentos do consultor americano para o blog ser do advogado:
O consultor para escritórios de advocacia Kevin O’Keefe, especialista em desenvolvimento de relacionamentos, insiste que há pelo menos mais sete razões para que a autoria de blogs jurídicos seja de advogados. Conheça suas ideias:
1) Influências pessoais estão ficando cada vez mais importantes no Google ou em qualquer mecanismo de busca ou rede social. No caso de profissionais, tais como advogados, a influência pessoal é baseada no indivíduo, não na banca;
2) O Google+ é baseado em influência individual, mais do que na da banca, especialmente quando se trata de especialistas, tais como advogados. Isso não significa alimentar o Google+ com suas postagens no blog, mas fazer com que suas postagens apareçam em primeiro lugar nos resultados das buscas. Se a foto do advogado aparecer junto com a postagem no mecanismo de busca, ainda melhor. Uma foto acompanhando um texto, dizem os estudos, significa maior possibilidade de as pessoas cliclarem no link. Coloque uma foto no blog. As pessoas preferem negociar com quem elas “conhecem”;
3) Mais e mais, postagens em blogs aparecem e são lidas em aplicativos diversos. A influência pessoal afeta “se” e “como” as postagens aparecem nesses aplicativos. Além disso, não pega bem uma postagem de um blog assinado por uma banca, quando todas as demais postagens (ou artigos) vêm com nome de gente. Por isso, hoje, a grande maioria dos blogs vindos de escritórios de advocacia são listados em nome de autores individuais. Que se coloque um link para o website da banca em algum lugar do texto;
4) Aparecer na lista de “Notícias” do Google, embora não seja fácil, deve ser um objetivo do blog da banca, assinado por um ou por dois ou três advogados. As “Notícias” do Google estão colocando grande ênfase na expertise individual. Por isso, será bem difícil, talvez impossível, colocar o blog nas “Notícias” do Google quando não há um autor individual. As “Notícias” do Google também evitam material que possa ser considerado uma obra de marketing. Preterir um autor em favor de um nome corporativo é uma indicação de material corporativo. Isso pode ser feito em press releases, no entanto;
5) É bom limitar o número de autores, de acordo com as circunstâncias. Por exemplo, se um blog tem quatro parágrafos e tem três ou quatro advogados como autores, as pessoas irão se perguntar se a banca sempre precisa colocar tantos advogados para fazer um pequeno trabalho;
6) Postagens em nome de bancas dificilmente são compartilhadas em redes sociais. As pessoas querem saber de quem é o blog que compartilham. E com quem estão se relacionando. As redes sociais são palcos para relacionamentos. Não é possível ter um relacionamento pessoal com uma entidade jurídica; e
7) Dê uma olhada nas grandes publicações. Uma pessoa assina um blog ou uma coluna. Com um blog publicado regularmente na internet, a banca tem de adquirir alguns hábitos e costumes jornalísticos. Além das notícias que não são assinadas, a única coisa que é publicada em nome do jornal é o Editorial.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-set-30/blog-assinado-advogado-promover-escritorio-especialista
Se convenceu?
Agora pense na minha linha de raciocínio: Se você faz um blog do escritório, com a marca do seu escritório e escreve nele com periodicidade (assinando os posts), o que realmente importa é o canal de divulgação, ou seja, a origem será o blog do escritório, mas os perfis no LinkedIn, Facebook, Google + serão do advogado.
Neste sentido, o advogado terá no seu perfil publicado um artigo de sua autoria (identidade total entre quem escreveu e divulgação), mas ao remeter a origem do artigo o mesmo será enviado ao blog do escritório, com a marca do seu negócio, com o logo e dados do escritório, ou seja, marca e advogado – escritório e pessoa – em perfeita sintonia.
Concordo integralmente com o consultor americano sobre a tendência das redes sociais se tornarem cada vez mais personalíssimas, contudo cada sócio de um escritório ou advogado ter um blog próprio se traduz numa concorrência de temas e assuntos desnecessária.
Se todos forem em prol do mesmo (já é difícil aos advogados manter regularidade em um blog, imagina em 2 ou 3) teremos resultados efetivos que cada advogado em sua rede social fará uma divulgação em conjunto, servindo as páginas institucionais das empresas nas redes sociais apenas como repositório e retransmissão do conhecimento.
E você? Escreve em um blog? Em nome do escritório ou pessoal? Qual sua experiência no tema?
Divida conosco suas experiências!
Minhas experiências: Escrevo em blog profissional todos os dias desde 2008 (www.gestao.adv.br). Já no blog pessoal, desde 2012, todos os dias também: http://www.blogdogustavorocha.com.br
E você?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha
Sócio da GestãoAdvBr – Consultoria em Gestão e Tecnologia Estratégicas
Sócio da Bruke Investimentos
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