Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Somos seres humanos, falíveis por natureza. Buscamos em nossa essência aperfeiçoarmos, buscamos a perfeição, contudo temos nossos momentos de erros e fraquezas.
Se é algo tão comum, por que nos importamos tanto?
Porque somos treinados para não errarmos. Somos cobrados para sermos perfeitos. Enfim, somos obrigados a ser o que não somos.
Não estou fazendo apologia ao erro, nem é meu intuito afirmar que devemos errar e pronto. Estou buscando demonstrar que o erro faz parte da vida, apenas isto.
E qual a importância disto? Que ao errarmos, temos que admitir o erro.
Nada adianta ficar fazendo promessas vazias, inverdades cada vez maiores para justificar erros. Errou, assuma.
Mas eu vou perder o cliente, pode dizer um. Pense no cliente: O que é mais valioso num profissional: A verdade com um pedido de desculpas e busca pelo acerto ou uma mentira que depois cai por terra?
Não existe mentira eterna.
“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas por todo o tempo.” ( Abraham Lincoln )
A verdade pode ser crua, dura, mas é sempre mais doce do que a mais fantasiosa mentira.
Somente existe uma questão que não tem volta (e alguns como eu acreditam que até isto tem volta): a morte. Para todo resto há um jeito.
Perdi o prazo de apelação, isto não tem volta. E o recurso adesivo?
Perdi o prazo de contestação, isto não tem volta. E a nulidade da citação?
Perdi o prazo de recurso especial, isto não tem volta. Existia matéria para este recurso? A intimação foi válida?
Sempre poderão existir argumentos. Basta pensar com a razão e não com o sentimento de frustração de perda ou do erro.
Errei. E agora?
Agora vou ser sincero comigo mesmo, respirar fundo e buscar a solução. Esta é a resposta.
* Gustavo Rocha, diretor da Consultoria GestaoAdvBr