Talvez para a maioria não funcione, pois requer muita disciplina, organização e principalmente método.
Todavia, muitas empresas já ingressaram nesta realidade e usam trabalhadores home office há anos.
Embora haja muita resistência, é um meio de trabalho legítimo e pode ser uma alternativa para algumas empresas e escritórios.
Na área jurídica esta realidade é pequena, muito menor que outros tipos de atividade, contudo, pode ser uma verdade a ser enfrentada e aplicada para solucionar despesas e/ou outras questões.
Uma pesquisa realizada com empresas que utilizam deste tipo de trabalho há anos demonstra alguns dados interessantes, vejamos:
Aqui, no Brasil, a prática ainda está em processo de popularização, com alguma resistência. Segundo levantamento da Remunerar, consultoria de remuneração, 38% das empresas afirmam não ter a intenção de implementar este modelo de trabalho.
Atualmente, segundo o levantamento, 34,75% das empresas já lança mão do trabalho remoto – para 54% destas, até 30% do total de horas dos funcionários elegíveis à modalidade é feita em ambiente remoto.
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O levantamento da Remunerar traz dados de 415 empresas de diferentes portes, que agregam uma visão sobre como as empresas paulistas – capital e interior – tem praticado o home office.
Em tempos de falta de mão-de-obra, a prática pode virar moeda de troca para manter os talentos na equipe. A pesquisa aponta que 47% dos funcionários julgam a prática altamente motivadora.
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A maior parte das consultadas já oferece home office há mais de 5 anos (28%). A dificuldade está no cálculo de eficiência desse modelo. Segundo Samogin, as empresas ainda não conseguem por na ponta do lápis o quando se ganha (ou se perde) em produtividade quando o funcionário está em casa. “O fato é que a produtividade é uma questão estrutural no Brasil.”
A eficiência da operação também é pouco calculada. “Hoje o aluguel de um escritório custa o dobro do que custava dez anos atrás”, diz. “Se eu mandar metade da minha força de trabalho para casa, eu consigo investir esse dinheiro economizado na retenção de talentos.” Isso para não falar da questão da mobilidade, importante gargalo de infraestrutura nas principais capitais do país.
Mesmo com estas ideias, a grande maioria das empresas não oferece tal possibilidade em várias áreas, apenas em áreas específicas:
Entre as que já permitem o home office, 59,68% pratica o modelo em apenas em algumas áreas.
Os departamentos de vendas, marketing, tecnologia da informação e recursos humanos são os mais adeptos – principalmente no setor de serviços (70%). “Há segmentos da indústria de Brasil novo e Brasil antigo, naturalmente as empresas e departamentos que já trabalham por projeto têm maior propensão à adoção do mecanismo.”
Leia na íntegra o artigo: http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/pratica-de-home-office-ainda-tabu-nas-empresas-brasileiras?page=1
A questão vai além da legislação trabalhista e economia por parte do empresário: Penso que devemos realmente analisar se vale a pena.
Já conversei com vários profissionais que eram sozinhos em suas carreiras e buscaram justamente a rotina de escritório e colegas para debater as teses para encontrar a razão do trabalho.
Penso que para funcionar, o funcionário deve estar preparado para esta nova realidade e mais, a empresa deve oferecer suporte, tanto tecnologico como gestão e logístico.
Não se trata de direitos e deveres entre empresa e funcionário. É mais do que isto: Trata-se de uma dedicação de um ser humano para gerar capital a um ente que devolverá parte deste como forma de remuneração, ou seja, são pessoas lidando com pessoas.
Capital humano satisfeito. É o melhor que uma empresa pode conseguir para o seu desenvolvimento.
Se o home office é o meio, ainda não tenho certeza. Mas, não custa tentar, afinal maior produtividade e rentabilidade não podem esperar, não é mesmo?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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