Economia Política

Ensaio Sobre a População – Malthus

Ensaio Sobre a População – Malthus

 

 

A questão levantada nas primeiras linhas de seu texto sobre o futuro da humanidade questiona: estamos caminhando para um futuro de desenvolvimentos ilimitados e desenfreados, ou para uma constante oscilação entre prosperidade e miséria? Muitos são aqueles que tentam responder essa questão, e de acordo com Malthus, nenhum foi feliz o suficiente para assim fazer.

 

As palavras desse Economista são objetivando a solução da miséria humana. Diz que não encontrou a solução em si, mas oferece um caminho até ela. Seus textos foram escritos para Sr. Godwin em crítica a um de seus trabalhos.  Postula, assim logo de inicio, as características principais do homem para que se inicie, então, sua obra:

 

1.         Que o alimento é necessário para a existência do homem.

2.         Que a paixão entre os sexos é necessária e que permanecerá aproximadamente em seu atual estágio.

 

As palavras-chave de seus escritos são: escassez e miséria. Assim sendo, estes dois postulados convergem para elas. “A miséria que despoticamente permeia toda a lei da natureza limite estes mundos mediante determinadas restrições”, ou seja, os recursos para a produção de alimentos oferecidos pela natureza são limitados. O problema enfrentado por isso será o de que os meios de subsistência, sendo limitados, crescerão, portanto, de forma aritmética; enquanto a população, sem restrições, crescerá de forma geométrica.

 

Seu argumento para o expoente crescer do número de pessoas é o de que sem controles rígidos para o casamento, muitas famílias para verem-se livres de muitos filhos cujas bocas não conseguem alimentar, casam-nos cedo. Estes acabam, por sua vez, tendo muitos filhos, entrando no mesmo problema de seus pais. Ele vê o casamento precoce como sendo o responsável pelo grande número de filhos e a incapacidade da sustentação da família inglesa. (Lembrando aqui, que em momento algum o autor sugere o controle da natalidade). Se caso houvesse alguma restrição para esse tipo de união, o filho jovem ao envelhecer e acumular riquezas pensaria duas vezes sobre um casamento em que teria de aumentar suas despesas.

 

Em capítulos seguintes, ele comenta sobre todos os impostos pagos destinados ao auxílio da parte mais pobre da sociedade, que apesar de existirem não livram ninguém da miséria. Fala ainda que mesmo com um aumento da renda familiar dessas pessoas, o preço dos produtos adquiridos também aumentaria em conseqüência desse crescimento da demanda. E como a oferta é limitada, também quem comprasse estaria tirando o poder de outros de assim fazer, ou seja, mesmo que eles tenham o poder de compra, ainda existiriam aqueles que ficariam sem. Concluí, então, que não seria através de recursos monetários que se acabaria com a miséria e ainda que não seria interessante assim fazer.

 

Para que haja felicidade na grande maioria da humanidade, por mais duro que possa parecer esse argumento, deve existir pobreza na porção restante. Para que haja ricos, devem existir pobres. “A questão de um cobertor” como o professor comentou: se puxado para cima descobrem-se os pés; não há, portanto, meios de auxiliar alguém sem prejudicar outrem. Então, mais vale conter esses casamentos prematuros pela previsão das dificuldades enfrentadas no futuro, do que deixá-los serem controlados pela privação e pela doença.

 

A intertextualidade feita pelo professor foi a de que Hayec defenderia que a justiça social seria um atraso, assim, concordando com esse conceito Malthus pregaria o fim dos auxílios aos pobres, dando liberdade aos pobres da Inglaterra para irem atrás de novas terras e novas formas de sobrevivência, evitando a acomodação por parte deles. Combate ainda os ideais da Revolução Francesa, como podemos ver em: “Impedir o retorno da miséria está – infelizmente – além do poder do homem.” (p.303).

 

 

Compare preços de Dicionários Jurídicos, Manuais de Direito e Livros de Direito.

Como citar e referenciar este artigo:
2008/2, Direito UFSC. Ensaio Sobre a População – Malthus. Florianópolis: Portal Jurídico Investidura, 2008. Disponível em: https://investidura.com.br/resumos/economia-politica/ensaio-sobre-a-populacao-malthus/ Acesso em: 06 out. 2024