Representantes das sete principais centrais sindicais de trabalhadores com base no Rio Grande do Sul realizam uma cruzada pela Assembleia Legislativa para garantir aaprovação do projeto de reajuste do piso mínimo regional. Hoje (29) pela manhã, 12 sindicalistas se reuniram com a coordenação da bancada do PT para reafirmar o apoio à proposta do governo e se contrapor aos argumentos apresentados por entidades empresariais gaúchas contra o piso.
Segundo o secretário geral da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Henrique Silva, as centrais sindicais estão unidas na luta pela manutenção do instrumento de distribuição de renda, adoção de uma política permanente de reajuste e pelo ingresso de novas categorias na legislação, como trabalhadores de garagens e estacionamento e empregados de restaurantes, bares e hotéis.
Os sindicalistas entregaram à coordenação do PT um manifesto em que contestam as principais alegações dos empresários. Conforme o documento, desde que o piso regional foi criado em 2001, o emprego com carteira assinada na Região Metropolitana de Porto Alegre cresceu 35% e o desemprego caiu 25,5. Os números, de acordo com os representantes das centrais, anulam a alegação de que o piso regional estimula o desemprego e a informalidade.
A partir de hoje (29), o projeto de reajuste do piso passa a trancar a pauta da Assembleia Legislativa. A proposta do governo prevê um reajuste de 14,8%. O índice resulta da média do PIB nacional e gaúcho de 2010 e 2011 (7,65%) mais a inflação (6,65%).
Com a aprovação da matéria, a maior faixa passará para R$ 761,00 e a menor para R$ 624,05. Para não ficar abaixo do salário mínimo nacional, que é R$ 622,00, o aumento da faixa menor será retroativo a 1º de janeiro. Já o reajuste para as demais faixas vale a partir de março.
O documento em apoio ao piso é assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical (FS), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB) e União Geral de Trabalhadores.
Fonte: AL/RS