Presidente da Frente Parlamentar do Couro e do Calçado, o deputado Luis Lauermann lamenta o ocorrido e diz que vem trabalhando para ajudar na recuperação do setor. Em 2011, esteve junto com o governo do estado e entidades ligadas ao setor na elaboração de um programa que proteja e fortaleça a produção de couro e calçado gaúcha. “Infelizmente, as ações ainda não se concretizaram e trabalhadores estão sofrendo com o reflexo da desindustrialização que vem se praticando no Estado há décadas”, afirma o deputado.
Entre outras medidas, o programa prevê qualificação de mão de obra, projetos de apoio à inovação e criação de linhas de crédito especiais. As ações também visam às questões logísticas, com a articulação para melhoria do transporte de cargas em todos os meios – aeroviário, hidroviário e rodoviário; à isenção de ICMS das fábricas de calçados e o estímulo à exportação.
A ideia é desenvolver um ambiente competitivo e inovador para o setor de Calçados, Componentes e Máquinas para a produção de calçados e acessórios no Estado. Os fatores mais relevantes para a competitividade nesse setor são a criação e manutenção de barreiras, para evitar a concorrência desleal de calçados oriundos da Ásia e mecanismos tributários que compensem parte da defasagem cambial e mitiguem os efeitos da guerra fiscal, especialmente entre o Rio Grande do Sul e estados da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE.
Lauermann lembra, ainda, que o embargo da Argentina a produtos brasileiros também prejudicam o setor. “Há empresas brasileiras de calçados que estão aguardando liberação das licenças de importação por parte da Argentina desde outubro do ano passado”, diz o deputado. “Conseguimos, em conversas com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, a liberação de parte da produção ainda em 2011, mas ainda há coleções inteiras aguardando licenças”, ressalta. Lauermann garante que continuará trabalhando na Assembleia Legislativa pela recuperação do setor e se coloca à disposição dos trabalhadores e entidades de classe que quiserem fazer coro a esta luta.
Fonte: AL/RS