A palestra Trabalho e Família, realizada nesta tarde (10), trouxe aos Procuradores do Estado e Servidores participantes uma atividade diferente. Na abertura do evento, a educadora física e fisioterapeuta Lia Hoffman e os educadores físicos Alexandro Madruga e Claudia Feijó ministraram uma dinâmica de ginástica laboral.
Os participantes realizaram uma atividade envolvendo exercícios com balões, simbolizando cooperação entre colegas, com integração de equipes e de respiração. A dinâmica, de acordo com a educadora física Claudia Feijó, simboliza a rotina diária de trabalho. Além disso, explicaram seus benefícios. “Ela atua na prevenção e no combate ao estresse, além de desenvolver a atenção, agilidade, trabalho em equipe, motivação, entre outros fatores positivos no ambiente de trabalho”, explicou Madruga.
A palestra Trabalho e Família foi ministrada pela Desembargadora Aposentada Maria Berenice Dias e faz parte do movimento “Qualidade de Vida no Trabalho”, coordenado pela Procuradora-Geral Adjunta para Assuntos Administrativos, Dra. Roselaine Rockenbach, e pela Procuradoria de Informação, Documentação e Aperfeiçoamento Profissional (Pidap). Compuseram a mesa a Procuradora-Geral para Assuntos Administrativos, Dra. Roselaine Rockenbach, e o Coordenador da Pidap, Dr. Juliano Heinen.
Na ocasião, Dra. Roselaine frisou o orgulho que sente do trabalho que é desenvolvido pela PGE e a ideia de que todos os Servidores e Procuradores da Instituição estejam bem integrados para que seja possível atender à demanda de processos. Destacou também a importância de todos os Servidores se revezarem e comparecerem nas atividades promovidas pela Instituição, que visam à qualificação e capacitação.
O Coordenador da Pidap afirmou que atividades que proporcionem momentos de descontração e integração, como a ginástica laboral, são um paradigma para a PGE. “É uma nova forma de incentivar e motivar o trabalho da PGE”, falou. Ele também agradeceu a presença de todos e da palestrante.
Dra. Maria Berenice, em sua palestra, contextualizou o sistema familiar antigo, em que o homem trabalhava e a mulher era a “rainha do lar, com sonho de casar e ter filhos”. Segundo ela, era uma relação de poder muito perversa. A ideia de que a mulher é o sexo frágil, para a Desembargadora, também é uma cultura que pode ser pensada tanto em relação ao mundo do trabalho quanto ao âmbito familiar.
Outra questão levantada por ela foram as relações consideradas “ilegítimas”. “Antigamente, tudo que estava fora do círculo familiar, como filhos fora do casamento e relações homoafetivas, por exemplo, não tinham respaldo social e legal”, afirmou.
“Não vejo como não incluir no conceito abrangente de família todos os vínculos afetivos. O estranhamento ao conceito tradicional de felicidade gera repulsa. Essa influência tão severa sempre fez com que certos vínculos ficassem dentro do armário”, falou. Ela mencionou como bom exemplo o Parecer nº 15494, elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da PGE-RS, que obteve caráter normativo pelo Governador do Estado em agosto de 2011. O Parecer prevê a extensão de benefícios previdenciários à companheira ou ao companheiro em união estável homossexual. “Esse enorme avanço foi reconhecido através de Parecer da PGE, que reconhece as uniões homoafetivas”, explica.
A próxima atividade do Movimento Qualidade de Vida no Trabalho será realizada no dia 17 de maio, às 14h, com o tema “Administração de Finanças Pessoais – Consumo, Crédito e Endividamento”. Serão palestrantes os juízes de Direito Dra. Clarissa Costa de Lima, Dra. Káren Rick Danilevicz Bertoncello e Dr. Daniel Englert Barbosa, a Doutora em Psicologia Dra. Inês Hennigen e o economista da Fundação de Economia e Estatística Alfredo Meneghetti Neto.
Fonte: PGE/RS
