?Percebo uma mudança de mentalidade dos juízes, existe mais comprometimento e responsabilidade com as questões ambientais. Há 10 anos julgávamos de outra maneira. E o TRF4 veio mostrar a história dessa evolução na Rio+20?. Essa foi a avaliação da juíza federal Vânia Hack de Almeida, que atua como auxiliar junto à vice-presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Ela esteve no estande do TRF4 neste domingo (17/06), acompanhada do Procurador Federal Almir Martins Costa. Eles conversaram com os juízes federais Ana Inês Latorre e Cândido Alfredo da Silva Leal Júnior sobre as discussões da Conferência Mundial. Vânia lembra que há uma década, a aplicação de multa era o mais usado em ações ambientais envolvendo construções irregulares em áreas de preservação, por exemplo. ?Hoje o juiz não hesita mais em mandar demolir uma obra ilegal. Isto reflete essa mudança de cultura porque a sociedade não admite mais qualquer irregularidade em matéria ambiental?, analisa.
A magistrada lembrou também, que a maioria dos problemas ambientais do país passa pelo Poder Judiciário. ?Somos o primeiro remédio. Por isto tornar público o trabalho da Justiça Federal da 4ª Região em eventos como a Rio+20 faz com que as pessoas se sintam mais à vontade para levar seus problemas para análise do Judiciário?, ressalta Vânia.

Juíza federal Vânia e Procurador Federal Martins Costa em visita ao estande

