Um encontro realizado hoje (20/11) pela manhã, no auditório do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), oficializou a instalação da rede de energia elétrica na Vila Chocolatão, localizada ao lado do tribunal e da Justiça Federal do RS. A iniciativa visa a trazer mais segurança para os moradores da vila, evitando acidentes, em especial incêndios, que já ocorreram algumas vezes no local, em função da precariedade das instalações elétricas.
O ato contou com a presença do diretor-presidente da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sérgio Camps de Morais, do assessor especial e de responsabilidade social do TRF4, Ronaldo Sprenger Dreger, de moradores da vila e de representantes do Ministério Público Federal, da Prefeitura de Porto Alegre e do Banco do Brasil e de outras instituições envolvidas com o projeto.
Para o presidente do Grupo CEEE, a instalação da rede elétrica na vila, disponibilizada pela companhia, foi possível graças ao envolvimento de vários órgãos, como a Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o TRF4 e a CEEE, e dos moradores da comunidade. Morais lembrou que o risco de incêndio no local era muito grande, em função das ligações clandestinas e precárias.
O assessor do TRF4 destacou o ineditismo da iniciativa: ?nunca ouvi falar de outra situação como esta ? uma área de ocupação irregular receber uma rede de energia elétrica regularizada?. Dreger, que convive diariamente com os moradores da vila, lembrou que agora não há mais medo em ligar os aparelhos ?e o local virar um barril de pólvora?.
Conta subsidiada será inferior a R$ 4,00
Os moradores da vila vão pagar uma conta de luz no valor de R$ 3,75. O valor é subsidiado pela CEEE. A rede elétrica instalada no local será retirada quando houver a transferência dos moradores para o loteamento que está sendo construído pela prefeitura na zona leste da capital.
Representante dos moradores da vila, Maciel disse que a rede de energia
vai ajudar na preparação da comunidade para a futura mudança
Falando em nome dos moradores da Chocolatão, Leo Antonio Maciel agradeceu todos os órgãos presentes e que se envolveram no projeto. ?Essa energia vem em um bom momento, para preparar os moradores para a troca de moradia, no novo loteamento?, destacou.
No entanto, ele pediu que, após a mudança, esses parceiros continuem ajudando, principalmente na criação de novas formas de geração de renda: ?temos algumas ideias, como montar um ateliê de costura, uma fábrica de fraldas (já temos três máquinas de costura) e uma sala de informática para as crianças?, contou. Ele concluiu: ?crescemos no lixo, mas não queremos que nossas crianças sigam o mesmo caminho?.