O ministro Carlos Alberto Menezes Direito recebeu homenagem póstuma nesta quinta-feira (10) no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde foi representado por dois de seus filhos: Carlos Alberto Menezes Direito Filho e Carlos Augusto Viana Direito. O ministro faleceu aos 66 anos no dia 1º de setembro.
Em nome dos integrantes do TSE, o ministro Fernando Gonçalves expressou palavras de admiração e respeito pela pessoa e pelo trabalho do ministro Menezes Direito durante sua carreira.
“A lacuna aberta com o prematuro passamento de sua excelência, de certo não será por inteiro e facilmente suprida”, afirmou o ministro ao fazer referência ao “homem integral, esposo virtuoso e pai de família exemplar. Católico fervoroso. Jurista de alta qualidade e magistrado renomado. Formador de opinião e condutor de decisões avançadas, sobretudo, justas. Respeitado e admirado”.
Fernando Gonçalves, além de colega de Menezes Direito se tornou seu amigo, após tomarem posse juntos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 1996.
“A partir daí grande foi a minha admiração pelo colega e sólida foi a nossa amizade. Recebi ensinamentos valiosos que me servem de norte, como o discípulo aplicado que segue e se orienta com o mestre maior e guia”, declarou.
Para Fernando Gonçalves, a morte do ministro deixa um desalento e um vácuo provocado no seio da magistratura e em toda comunidade jurídica. “Direto era um homem de postura impecável, magistrado de alto quilate”, enfatizou o ministro.
Roberto Gurgel
O procurador-geral da República, destacou sua admiração ao ministro Menezes Direito e os “traços da rica personalidade” e de sua dedicação completa a missão de julgar.
“A Procuradoria Geral Eleitoral associa-se ao Tribunal Superior Eleitoral nesta homenagem que presta ao saudoso ministro Menezes Direito”, disse Gurgel ao ressaltar que o Ministério Público brasileiro perdeu um grande aliado.
Pedro Gordilho
Quem também homenageou o ministro Menezes Direito foi o ex-ministro do TSE Pedro Gordilho, que falou em nome dos advogados. Ele comentou sobre a carreira jurídica do ministro que começou como desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), foi nomeado ministro do STJ e depois do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo atuado no TSE como representante dessas duas cortes em diferentes mandatos.
“Os advogados que exercem sua atividade predominante perante esse egrégio tribunal apresentam a sua esposa dona Vanda Menezes Direito e seus filhos a expressão de nosso imenso pesar, de nossa saudade, de nossa consternação com essa lembrança de conforto espiritual homenageando uma vida digna marcada pela discrição, pelo labor positivo e pelo senso de justiça”, afirmou Gordilho.
Toffoli
Também falou no plenário o ministro José Antônio Dias Toffoli, em nome da Advocacia Geral da União (AGU). Ele destacou a sua capacidade de trabalho e memória. “Era impressionante como sua excelência dominava e se dedicava ao seu mister, mesmo tendo a dupla jornada de ter que estar em dois tribunais”, disse Toffolli que em seguida fez referência às convicções católicas do ministro Menezes Direito que "nunca negou sua fé".
“Eu perdi um conselheiro, perdi um amigo”, afirmou Toffolli.
Ayres Britto
O presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto afirmou que o ministro Menezes Direito chegou ao STF e também ao TSE pronto, “não precisou se adaptar. Era um peixe dentro d’água”. Ayres Britto disse que o homenageado dava lições de direito e de vida. “Ouvir o ministro Menezes Direito era um deleite, uma oportunidade de descortinar horizontes cognitivos”.
Após a sessão de homenagem, os filhos do ministro Menezes Direito receberam os cumprimentos de pesar pela morte no Salão Vermelho do TSE. Compareceram diversas autoridades do mundo jurídico como o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, ministros do STJ e ministros aposentados que conviveram com Menezes Direito.
CM/AM
Fonte: STF