Rosalba Ciarlini pede apoio para projeto que institui auxílio a famílias de crianças com câncer

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) pediu apoio em Plenário nesta quarta-feira (14) para aprovação de projeto seu que institui o pagamento de um auxílio-tratamento à família com criança ou adolescente que sofra câncer ou Aids. O projeto, que altera a Lei Organica da Assistência Social, está em exame na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e depois será encaminhado à Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa.

Rosalba explicou que, pela sua proposta, o benefício será pago à mãe, e na sua impossibilidade, ao pai ou responsável legal. A senadora apontou, entre as dificuldades enfrentadas pelos pais, a distância dos grandes centros urbanos, tendo que viajar para a capital do estado ou para outro estado, sendo obrigados, muitas vezes, a largar seus empregos para acompanhar o tratamento dos filhos.

A questão do câncer infantil foi debatida recentemente em audiência pública da CAS, que a senadora preside. Lá, informou, constatou-se que a tabela Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de câncer não é reajustada há dez anos.

 – Tudo isso seria investimento, redução de custos, não seria gasto. Iríamos elevar em quase 20% o índice de cura de filhos de pais e mães brasileiras – disse.

Ela salientou que se o governo investisse na prevenção do câncer, no seu diagnóstico precoce, por meio de exames, e no fornecimento do medicamento já autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas que não integra a lista daqueles fornecidos gratuitamente pelo Ministério da Saúde, o custo total do sistema de saúde seria menor.

– Se a doença for detectada precocemente, se essas crianças tiverem a assistência necessária, há um índice de cura de 77%, índice que é alcançado nos países mais desenvolvidos. No Brasil, chega-se a apenas 50% em algumas regiões e a 60% nas regiões ricas, com melhores condições para tratamento – informou Rosalba.

Em apartes, os senadores Flávio Arns (PSDB-PR) e Augusto Botelho (PT-RR) prometeram apoio à proposta defendida por Rosalba.