O Parlamento do Mercosul deverá contar, em breve, com um Observatório de Energia, para acompanhar o processo de integração energética entre os países que compõem o bloco – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A criação do observatório recebeu nesta segunda-feira (21) o apoio da Comissão de Infraestrutura, Transporte, Recursos Energéticos, Agricultura, Pecuária e Pesca do parlamento, durante reunião realizada em Montevidéu.
Segundo o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que integra a comissão e participou da reunião, o observatório poderá tornar mais fácil a participação de entidades da sociedade civil nos debates sobre produção e distribuição de energia em toda a região, temas que ele considera vitais para o processo de integração regional.
– O parlamento recebe todos os tipos de demandas, desde aquelas relacionadas à necessidade de energia até as que envolvem as pessoas atingidas pela construção de barragens para a construção de novas usinas hidrelétricas. Algumas dessas demandas poderão se converter em seminários e, em outros casos, poderemos trabalhar na solução de conflitos – afirmou Arruda.
Na mesma reunião, a comissão decidiu participar do Seminário Internacional de Interconexões e Negócios de Geração e Transmissão, a ser realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 16 de outubro. O seminário será promovido pelo Comitê Brasileiro da Comissão de Integração Energética Regional (Cier), com sede em Montevidéu.
Da mesma forma, a comissão enviará representantes ao Seminário Internacional Hidrovias para a Integração Latinoamericana, que ocorrerá a partir desta terça-feira (22) em Assunção.
Venezuela
A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul decidiu cancelar audiência pública que se realizaria nesta terça com a participação de representantes de organizações sociais da Venezuela, sob o argumento de que este país ainda não integra oficialmente o próprio Mercosul. Estavam em Montevidéu representantes de jornalistas e radialistas da Venezuela, que pretendiam convidar os integrantes da comissão para visitarem seu país e verificarem, in loco, a situação dos direitos humanos.
Fonte: Senado