Em exposição feita nesta manhã aos senadores da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), o general Augusto Heleno informou que ficou sob a responsabilidade do Exército o enfrentamento do que hoje é conhecido por ‘guerra cibernética’. Segundo ele, não é mais possível a nenhuma nação desprezar a importância estratégica do controle das ferramentas de comunicação em rede para a defesa nacional. O general, que chefia o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, disse que outras duas áreas estratégicas também estão sendo cuidadas pelas Forças Armadas brasileiras: o controle aeroespacial, pela Aeronáutica; e os sistemas nucleares, pela Marinha.
– Precisamos saber também que quanto maior o desenvolvimento tecnológico de um país, maior a sua vulnerabilidade. Nós não somos altamente desenvolvidos tecnologicamente, mas também não estamos tão atrasados quanto alguns países da África. Por isso, essa área de enfrentamento da guerra bélica precisa de recursos, caso contrário não se pode fazer a proteção dos alvos.
Augusto Heleno também comunicou que a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel), vinculada ao ministério da Defesa e que tem a função de prover o Exército de armas, munições e equipamentos de telecomunicações, passou por várias dificuldades financeiras, ainda hoje existentes, mas está capacitada tecnicamente a desenvolver equipamentos de ponta nessa área. Ele alertou, porém, para o fato de essa indústria ter que conviver com várias restrições legais para a fabricação de alguns tipos de armamentos e instrumentos estrategicamente necessários atualmente, como os de rastreamento de rakers, ou ‘piratas cibernéticos’.
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Fonte: Senado