Da Redação e Da Rádio Senado
O senador José Sarney (PMDB-AP) disse nesta terça-feira (26), em Plenário, que a transição democrática pela qual o país passou na década de 80 foi exitosa, pois permitiu a instalação da Assembleia Nacional Constituinte e a elaboração de uma Constituição que deu estabilidade política ao país.
Para ele, resolvidas as dificuldades econômicas, como a inflação, o país passou a ter condições de investir, mais recentemente, em setores importantes para as pessoas, como saúde, educação e segurança.
Na opinião do senador, a atividade política é essencial para melhorar as condições de vida da população.
– Nós não pensamos em nada pessoal. nós, aqui, lutamos por um projeto no qual nós não temos nenhuma participação, mas apenas para melhorar a sorte do país. Lutamos para fazer estradas onde não vamos nunca andar. para escolas, universidades onde jamais nós iremos estudar. Então, nosso pensamento não é um pensamento pessoal – afirmou Sarney.
Aureliano Chaves
José Sarney fez uma homenagem a Aureliano Chaves, ex-vice-presidente da República, que classificou de um grande patriota e um personagem importante no processo de transição entre o regime militar e a abertura democrática, no início dos anos 1980.
— Sem ele, nós não teríamos feito isso. Foi ele, com a sua autoridade de vice-presidente, que teve a coragem de desejar para o país uma outra solução, que fosse a da plenitude democrática — recordou Sarney.
Segundo o senador, foi de Aureliano Chaves que partiu a iniciativa de compor a frente política que viabilizou a vitória de Tancredo Neves nas eleições indiretas de 1985, teno José Sarney como candidato a vic-presidente.
— Eu não desejava, tínhamos muitos outros colegas. Ele disse que, sem a minha presença, seria impossível nós participarmos da formação do grupo vitorioso. Sou grato até hoje por essa confiança — contou.
Aureliano Chaves, mineiro de Três Pontas, foi deputado estadual, secretário estadual de Educação, deputado federal e governador de Minas Gerais. Entre 1979 e 1985 ocupou a vice-presidência do Brasil, no governo de João Figueiredo. Foi ministro de Minas e Energia de José Sarney e concorreu à presidência nas eleições de 1989, alcançando o nono lugar entre 22 candidatos. Faleceu em 2003, aos 74 anos.
Em aparte, o senador Antonio Aureliano (PSDB-MG), filho de Aureliano Chaves, agradeceu as palavras do colega. “Meu pai sempre procurou evitar os elogios, mas sei que, onde quer que ele esteja neste momento, está sentindo plenitude por ser reconhecido na tribuna por uma pessoa de tamanha importância”, disse o senador, também lembrando que Sarney já ocupou todos os cargos da política brasileira.
Eleição no DF
José Sarney também destacou o trabalho e a dedicação da ex-secretária-geral da Mesa do Senado, Claudia Lyra à Casa, ao longo de 30 anos de atividade, referindo-se à sua candidatura a deputada federal pelo Distrito Federal.
— Acho que é um orgulho para o funcionalismo da Casa ter uma pessoa de tamanha competência aqui, numa Casa política, onde as coisas não são sempre fáceis, são, pelo contrário, sempre muito difíceis, e mostram um lado da atividade política que, sem dúvida alguma, é um lado difícil, mas bem característico, que é o lado do debate, da controvérsia — afirmou Sarney.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Senado