Rio de Janeiro, 26/10/2009 – O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), Wadih Damous, refutou hoje (26), de forma incisiva, as declarações do coordenador do programa Cidades Mais Seguras para Assentamentos Humanos das Nações Unidas (ONU), Elkin Velásquez, para quem “o Rio é hoje a nova Medellín”, cidade colombiana que foi dominada pelo tráfico de drogas. “A comparação com Medellín não me parece apropriada; nem em seus piores momentos o Rio esteve perto do que acontecia na cidade colombiana”, rechaçou o presidente da OAB-RJ.
“Vivemos um grave quadro de violência e de insegurança que deverá ser superado por nós mesmos e não com intervenção externa como ocorreu na Colômbia”, prosseguiu Wadih Damous em sua crítica às afirmações do enviado da ONU ao Brasil. O presidente da OAB-RJ se refere ao Plano Colômbia, que conta com o apoio e monitoramento dos Estados Unidos para combate ao crime naquele país.
Para o emissário das Nações Unidas, que trabalhou como assessor do prefeito de Bogotá no tema da segurança urbana, a situação de violência que atinge o carioca se assemelha à vivida por Medellín. “Lá (Medellín) a delinquência era alta e fizemos trabalho de integração melhorando a convivência entre as pessoas. O Rio de Janeiro passa por um momento similar e a união dos três poderes (municipal, estadual e federal) é fundamental para combater a segregação racial”,
Fonte: OAB